Economistas voltaram a ver queda menor da atividade econômica neste ano, mas em um cenário de inflação mais pressionada, de acordo com o boletim Focus desta segunda-feira (20).
A pesquisa semanal do Banco Central aponta queda de 3,44% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. A projeção anterior era de contração de 3,60%, enquanto quatro semanas atrás a retração estimada era de 3,83%. Para 2017, a previsão de crescimento foi mantida em 1%.
A revisão ocorre poucos dias após a notícia de que a atividade econômica do Brasil ficou estagnada em abril, após 15 meses seguidos de quedas. O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) teve variação positiva de 0,03% em abril na comparação com março. Na comparação com abril de 2015, o IBC-Br caiu 5,75% e em 12 meses acumula queda de 5,35%, sempre em números dessazonalizados.
IPCA
Por outro lado, a pesquisa voltou a mostrar inflação mais pressionada neste ano. A estimativa para o IPCA (índice oficial de preços do país) foi elevada de 7,19% para 7,25%. Há quatro semanas, a previsão era de 7,04%.
Em 2017, a projeção permanece de 5,50%, abaixo da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para 2017, que é de 4,5% com 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Na semana passada, a ata da última reunião de política monetária do Banco Central indicou que o IPCA deve chegar ao centro da meta de 4,5% no fim de 2017, caso a taxa de câmbio seja mantida em R$ 3,60 e a taxa básica de juros permaneça em 14,25% ao ano.
Câmbio
O Boletim Focus projeta taxa de câmbio de R$ 3,60 no fim deste ano, queda em relação à estimativa passada, que era de R$ 3,65. Para 2017, economistas também reduziram levemente a projeção, de R$ 3,81 para R$ 3,80.
Já a previsão para a taxa básica de juros foi mantida em 13% no final deste ano e em 11,25% em 2017.
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