O Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR) foi palco de um debate sobre situação econômica do estado ontem. Os participantes, além de apresentarem dados econômicos de 2013, apontaram as perspectivas para 2014. O cenário para o estado é otimista.
Para o presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Mendes Lourenço, o PIB do Paraná em 2013 será 4,3% superior ao registrado em 2012. De acordo com ele, as exportações deste ano vão crescer 3%, ante queda de 1% do Brasil; a geração de emprego deve crescer 0,5%, contra recuo de 0,9% no país; e o comércio terá alta de 6,8%, enquanto o país vai registrar apenas 3,6%.
Os economistas também fizeram uma comparação entre crédito para pessoa física e o destinado à indústria. Nos últimos 10 anos, a liberação de dinheiro para consumo pessoal cresceu 1.042%, enquanto que a quantidade para pessoa jurídica (empresas) teve alta de apenas 368%. "Se tivéssemos invertido, a economia do Brasil não estaria como está hoje", diz Maurilio Schmitt, coordenador do departamento de economia da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).
A perspectiva de vendas da indústria em 2013, segundo a Fiep, é 1,7% superior à registrada em 2012. Para o ano que vem a previsão é um pouco melhor, de 2,4% sobre este ano.
O economista Pedro Augusto Loyola, da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), apresentou um cenário otimista para o agronegócio no estado, mas apontou "três" entraves a um maior desenvolvimento. "infraestrutura, infraestrutura e infraestrutura".
A produção de grãos de 2010/13 cresceu 50% neste ano, a área de plantio teve alta de 29% e a produtividade subiu 23%.