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Economistas veem “voto de confiança” para o país, apesar de rebaixamento da Moody’s

A agência Moody’s de classificação de risco rebaixou a avaliação do Brasil, mas sinalizou que o país deve manter o chamado grau de investimento, espécie de selo de bom pagador da dívida. Isso porque colocou uma perspectiva estável para essa avaliação, o que significa que não está em processo de revisão em médio prazo apesar da deterioração da economia e do quadro político.

“Saiu melhor do que o esperado e deram um voto de confiança no Brasil. Deram um prazo para o governo cumprir a meta fiscal, mesmo que mais modesta, e colocar a dívida em trajetória decrescente”, disse Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central.

Para Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC, a agência Moody’s deixou o ministro Joaquim Levy (Fazenda) “arrumar a casa”. “É difícil manobrar um transatlântico. O importante é que eles reconhecem que a dívida não esta em trajetória insustentável”, disse.

Sem surpresas

Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, o rebaixamento da nota brasileira pela Moody’s já “era esperado”, mas a perspectiva estável é benéfica para as expectativas [dos agentes econômicos] e para o governo, principalmente em um momento de crise política, como a atual.

“Na minha opinião, as agências de classificação de risco perderam a credibilidade durante a crise de 2008, mas elas têm um peso relevante nas decisões dos investidores. Essa perspectiva estável dá conforto para que o governo tente melhorar as expectativas”, disse Belluzzo.

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