O edital do leilão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Brasília sai neste mês, disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt. Segundo ele, é possível que o leilão seja realizado até o fim do ano. "Existe um trabalho grande a ser feito em conjunto. Há 27 técnicos do governo discutindo com o TCU [Tribunal de Contas da União] para agilizar a aprovação disso. E a expectativa é de que saia o mais rápido possível", disse Bittencourt, após participar de encontro realizado pela Associação Latino-Americana de Transporte Aéreo (Alta).
Apesar da previsão do leilão para este ano, o ministro explicou que é preciso esperar 45 dias após a publicação do edital para a realização do certame e, contando com a data de hoje, faltam 44 dias para o fim do ano. Ele declarou também que as concessões estão atraindo atenção de empresas internacionais, e que há mais de dez grupos interessados, entre nacionais e estrangeiros.
Interesse da TAM
Os dois principais executivos da TAM informaram ontem que a companhia aérea tem interesse em adquirir terminais próprios de passageiros ou destinados a cargas nos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. A empresa, porém, descarta a possibilidade de entrar no leilão de concessão destes aeroportos com participação minoritária de 1%, seguindo as regras do pré-edital da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). De acordo com o pré-edital, as companhias aéreas podem fazer parcerias com os vencedores das concessões para administrarem terminais ou parte deles.
"Guarulhos é o grande hub brasileiro. Brasília é um grande hub doméstico, a TAM é líder lá, e Campinas é muito para cargas", afirmou o presidente da TAM Holding, Marco Antonio Bologna, nesta quinta-feira em evento de aviação no Rio. "Estamos confiantes de que seremos bem tratados", disse o executivo, lembrando que as companhias aéreas serão clientes das empresas que vencerem o leilão de concessão dos aeroportos.
Segundo Bologna, a falta de interesse da TAM em participar do leilão com 1% de participação vem do fato de que "sempre ficou claro que [a companhia aérea] não participaria da governança e da gestão". "Não é nosso negócio. Somos uma empresa de capital intensivo", afirmou o presidente da holding, que afirma esperar grande concorrência no certame, inclusive de estrangeiros.
Latam
Sobre a fusão com a chilena LAN, que deve criar a Latam, maior companhia aérea da América Latina, com 300 aviões, os executivos mantêm a estimativa de conclusão da união até o final do primeiro trimestre de 2012 e de ganhos de sinergias de US$ 400 milhões. O presidente da Lan, Ignacio Cueto, disse que a Latam deverá decidir até o fim do primeiro semestre de 2012 em que aliança global de empresas ficará após a concretização do negócio. Hoje, a Lan integra a One World e a TAM faz parte da Star Alliance.
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