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Mercado livre de energia

Com laboratório de inovação, EDP e Accenture querem liderar transição energética no Brasil

Representantes de EDP e Accenture durante visita ao Porto Digital, em Recife
Representantes de EDP e Accenture durante visita ao Porto Digital, em Recife (Foto: Tiago Lubambo) (Foto: )

A empresa de energia EDP e a consultoria de gestão de negócios Accenture vão aliar suas experiências no mercado global para a criação do Smart Energy Lab, iniciativa voltada ao desenvolvimento de tecnologias para o segmento energético no Brasil. De acordo com Lívia Brando, Gestora Executiva de Inovação da EDP, o objetivo é ganhar agilidade para “propor e lançar novas soluções no mercado [...] voltadas para a transição do setor”.

Detentoras de competências complementares, a companhia de energia e a consultoria pretendem se valer da integração para o “desenvolvimento de novas soluções em produtos e serviços que serão oferecidos aos consumidores finais”, afirma Adriano Giudice, executivo líder do setor de Utilidades Públicas na Accenture América Latina. “A iniciativa inclui a integração de colaboradores da Accenture e da EDP, com o objetivo de criar tecnologias inovadoras nas áreas de geração solar distribuída, soluções para gestão de energia, mobilidade elétrica, soluções financeiras e armazenamento de energia”, lista o executivo.

O laboratório de desenvolvimento será baseado em Recife e testes devem ser conduzidos na cidade de São Paulo. Nas contas de Giudice, “a projeção é de que os primeiros produtos desenvolvidos no Smart Energy Lab estejam disponíveis daqui a três meses”, passando a integrar o portfólio de serviços oferecido a clientes empresariais e residenciais. Brando detalha que foi feito um mapeamento prévio das principais frentes de atuação e que o desenho de soluções será bastante voltado ao mercado não regulado, “principalmente mobilidade elétrica, geração solar distribuída, armazenamento de energia; são temas novos, em que a gente se conecta direto com o consumidor final. Então, a princípio a gente trabalharia nessas verticais e já temos um primeiro projeto, de utilização da tecnologia de blockchain para a geração solar distribuída”, revela.

Nenhuma das empresas abre valores de investimento, mas a informação da EDP é de que entrará como majoritária na empreitada e que o investimento da Accenture deve ser contabilizado em hora-homem de trabalho.

Conexões

A representante da EDP destaca que outros parceiros de inovação devem se conectar ao recém-criado Smart Energy Lab. “A gente tem, por exemplo, programas de aceleração com startups e a EDP Ventures (braço de venture capital); e a Accenture também é muito forte nesse sentido. Eles estão no Cubo, do Itaú, e tem uma área só dedicada para conexão com startups. Então, esse projeto [do Smart Energy Lab] também deve se conectar com o ecossistema empreendedor”, revela. De acordo com Lívia Brando, o objetivo não é necessariamente criar tecnologias do zero, mas “olhar soluções que estão disponíveis no mercado e chamar algumas startups para trabalhar em conjunto no desenvolvimento dos projetos, que é uma forma de também acelerar”, conclui.

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Sobre a parceria, as duas companhias afirmam que a ampla experiência em seus segmentos de atuação foi decisiva para o entendimento que fez nascer o laboratório. “A Accenture tem uma experiência muito forte e competências de time de tecnologia”, avalia Lívia Brando, “em Recife, que é um dos hubs deles, têm mais de 2.500 pessoas trabalhando voltadas para novas tecnologias. E a EDP entra com o conhecimento do setor de energia e um posicionamento de querer liderar a transição no mercado”, afirma a gestora executiva de inovação da EDP. Na outra ponta, o executivo da Accenture, Adriano Giudice, fala em posição de “pioneirismo no mercado brasileiro [...], para construir uma estratégia verdadeiramente disruptiva. O consumidor está cada vez mais consciente da importância de usar energia de forma limpa e com custos reduzidos, e temos um potencial enorme de desenvolver tecnologias inovadoras para suprir essa demanda”, pondera.

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