O grupo português EDP anunciou nesta terça-feira (21) que assinou um memorando de entendimento estratégico com a francesa Engie para criação de uma joint venture controlada em partes iguais (50/50) no setor eólico offshore, fixo e flutuante. A nova entidade será o veículo exclusivo de investimento da EDP, através da sua subsidiária EDP Renováveis (EDPR), e da Engie para oportunidades eólicas offshore em todo o mundo e passará a ser um dos cinco maiores operadores em nível global na área.
Em nota, a empresa informa que as duas empresas combinarão seus ativos eólicos offshore e os projetos em desenvolvimento na recém-criada joint venture, iniciando com um total de 1,5 GW em construção e 4,0 GW em desenvolvimento, com o objetivo de atingir os 5 a 7 GW3 de projetos em operação ou construção e 5 a 10 GW em desenvolvimento avançado até 2025.
Entre esses ativos estão parques no Brasil. No início deste ano, a EDP Renováveis anunciou que pretende investir mais de R$ 3 bilhões na construção de 20 parques eólicos, nos próximos cinco anos, no estado do Rio Grande do Norte. A empresa, que já opera oito parques no estado, foi a vencedora dos últimos leilões promovidos pelo governo federal para a instalação e a exploração da energia eólica no RN. A empresa também possui parques em Santa Catarina e fechou o primeiro trimestre de 2019 com uma total de 467 MW de capacidade instalada no país.
A Engie, por sua vez, se apresenta como a maior produtora privada de energia no Brasil, atuante no mercado livre, e uma das maiores em geração fotovoltaica. Atualmente, possui dois conjuntos eólicos em construção na Bahia, num investimento total de R$ 2,1 bilhões, sendo que as primeiras fases dos dois projetos, batizados de Umburanas e Campo Largo, já estão em operação, com 360 MW de capacidade instalada cada um. A empresa também possui outro conjunto gerado eólico no Ceará, com capacidade de 212,6 MW. A joint venture com a EDP Renováveis representa uma diversificação de negócios para a empresa francesa.
Mas o alvo prioritário da parceria entre as duas empresas não é o Brasil, nem a América Latina. A joint venture, informa a EDP, terá como alvo prioritário mercados na Europa, nos Estados Unidos e algumas regiões da Ásia, de onde se espera que venha o maior crescimento.
Segundo a EDP, a energia eólica offshore se tornará uma parte essencial da transição energética global, conduzindo ao rápido crescimento do mercado e ao aumento da competitividade.
"As empresas acreditam que a criação de uma entidade de maior escala e uma equipa totalmente dedicada, com um potencial de desenvolvimento de negócios global e uma forte capacidade de gerar contratos de aquisição de energia (PPA), irá acelerar o crescimento da sua carteira de ativos e assegurar uma operação mais eficiente, garantindo ainda uma parceria estável", afirma.
A EDPR e a Engie já são parceiras em dois projetos eólicos offshore flutuantes em França e Portugal e participam em conjunto no concurso para o eólico offshore de Dunquerque, em andamento na França.
Conforme a EDPR, a execução do projeto está sujeita aos respectivos processos de aprovação social, corporativo, legal, regulatório e contratual. O objetivo é que a joint venture esteja operacional até ao final de 2019.
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