Quase 15% das matrículas de graduação no ensino superior do país são realizadas por educação à distância, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2010, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC). São mais de 900 mil estudantes que fazem seus cursos por essa modalidade de ensino e, de acordo com o MEC, o mercado tem bastante espaço para crescer ainda.
Como os cursos de graduação requerem autorizações do MEC e exigem uma estrutura maior, uma recomendação aos empreendedores que desejam iniciar seu negócio em educação à distância é oferecer cursos de especialização, de menor duração mesmo assim há exigências do Ministério da Educação. "As instituições que oferecem cursos presenciais já têm uma marca forte, que dá credibilidade quanto ao ensino à distância. Por isso, quem quer se diferenciar precisa focar em um setor e se especializar para ficar conhecido no ramo", pontua a consultora do Sebrae-PR, Rosângela Angonese.
A base tecnológica é um dos pontos principais na hora de abrir uma escola de educação à distância, bem como um conteúdo de ponta para agregar valor aos cursos.
Outra questão em torno do tema é a evasão escolar, que tende a ser maior em cursos não presenciais. "É preciso pensar na manutenção do aluno, porque depois que se acha a quantidade certa, o ponto de equilíbrio, é preciso mantê-lo para garantir o faturamento da empresa. Nada disso vale, porém, caso não haja conhecimento educacional. Se o empreendedor não for um profissional da educação vai precisar de um pedagogo para ajudar com a empresa", salienta a consultora.
O MEC informa que para para ofertar ensino à distância a instituição deve estar devidamente credenciada para a atividade. O ensino a distância está normatizado pelo decreto 5.622/05. Mais informações podem ser obtidas no portal do MEC: www.portal.mec.gov.br.