Pelo IPC-S, inflação acelera no início de abril

A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou no início do mês, pressionada principalmente por maiores custos de alimentos.

O indicador subiu 0,98 por cento na primeira prévia de abril, após alta de 0,86 por cento em março, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira.

"Este foi o maior resultado desde a segunda semana de fevereiro, quando a taxa do índice ficou em 1,04 por cento", disse a FGV em nota.

Os preços do grupo Alimentação foram o destaque de alta, com elevação de 3,11 por cento, ante 2,60 por cento na leitura anterior.

A pressão veio dos itens Hortaliças e legumes --com aumento de 14,52 por cento-- e Laticínios --avanço de 4,57 por cento.

Saúde e cuidados pessoais também acelerou o ritmo de avanço, para 0,49 por cento no início de abril, contra 0,39 por cento em março.

As maiores altas individuais de preços no período foram todas de alimentos: tomate, leite longa vida, batata-inglesa, pimentão e cebola.

O IPC-S da primeira prévia mediu os preços de 8 de março a 7 de abril.

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A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou em março para o menor patamar desde dezembro, passado o efeito sazonal da alta de educação. O arrefecimento não foi mais forte devido à continuidade da pressão dos alimentos.

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O indicador subiu 0,52 por cento em março, seguindo a alta de 0,78 por cento em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Em março de 2009, o IPCA havia registrado variação positiva de 0,20 por cento.

Analistas previam, segundo pesquisa da Reuters, alta de 0,50 por cento para março, de acordo com a mediana de 25 estimativas que variaram de 0,40 a 0,60 por cento.

Os núcleos também perderam força. Segundo cálculos de analistas, a média dos três núcleos do índice subiu 0,43 por cento em março, ante alta de 0,52 por cento em fevereiro.

O IBGE acrescentou que os preços do grupo Educação aumentaram apenas 0,54 por cento em março, com contribuição para o IPCA do mês de 0,04 ponto percentual, depois da alta de 4,53 por cento em fevereiro.

Os Transportes também aliviaram a pressão, passando de aumento de 0,79 por cento em fevereiro para queda de 0,54 por cento em março.

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O movimento reflete a queda de 2,51 por cento dos combustíveis, que no mês anterior haviam subido 1,14 por cento. O movimento, segundo o IBGE, deveu-se à redução temporária da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e à diminuição da parcela do álcool na gasolina.

Entre as pressões, o destaque foi do grupo Alimentação e bebidas, com alta de 1,55 por cento em março, ante elevação de 0,96 por cento em fevereiro. O grupo teve a principal contribuição de alta no mês, de 0,35 ponto percentual.

"O tomate, cuja produção vem sendo prejudicada pelo calor e chuvas fortes, ficou 42,95 por cento mais caro e liderou as principais contribuições (para o IPCA do mês) com 0,08 ponto percentual. Grande parte dos alimentos teve seu preço majorado de um mês para o outro, alguns deles também prejudicados pelo clima, a exemplo da batata-inglesa, cujos preços subiram 8,44 por cento", disse o IBGE em nota.

O leite pasteurizado também apresentou forte aumento, de 8,03 por cento em março.

Os preços de Vestuário reverteram a queda, de 0,52 por cento, de fevereiro e subiram 0,66 por cento em março.

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O IPCA acumulou no primeiro trimestre alta de 2,06 por cento, maior para o período desde 2003, e nos 12 meses teve avanço de 5,17 por cento. A taxa em 12 superou o patamar de 5 por cento pela primeira vez desde maio de 2009.