EeePC chega ao Brasil em parceria da Asus com a Visum

Se os netbooks já andavam populares no Brasil, a tendência é que eles ganhem ainda mais espaço com os EeePCs fabricados no país. A novidade foi anunciada na semana passada pela Asus, dona da marca e precursora na produção dessas máquinas pequenas, pensadas para aproveitar ao máximo as possibilidades de conectividade dadas pela internet sem fio. Os EeePCs serão feitos em Curitiba pela Visum, empresa formada por engenheiros locais em 1993, que faz placas e componentes para computadores.

Além do 904 HD e do 1000 H (os EeePC nacionais), a Visum fará dois modelos de placas-mãe para a Visum. As negociações entre as duas empresas começaram em meados do ano passado. O ponto de partida foi a chegada de John Chen, executivo enviado pela companhia de Taiwan para tocar a operação brasileira. Procurada, a empresa paranaense não quis comentar o negócio.

Os dois netbooks Asus são um pouco superiores ao modelo básico da série 700, lançado em 2007 e que tornou-se popular entre estudantes no Brasil. Aquele vem com um monitor de 7 polegadas, processador Intel Celeron e não era equipado com disco rígido. Já o 904 HD vem com tela de 8,9 polegadas e processador Intel Celeron; o 1000 H tem tela de 10 polegadas e processador Intel Atom. Ambos contam com HD de 160 gigabytes e memória RAM de 1 gigabyte nas versões que rodam Windows XP e de 2 gigabytes nas equipadas com Linux. Os preços também são diferentes: enquanto os modelos mais simples podem ser encontrados abaixo de R$ 1 mil, os nacionais custarão R$ 1.499,00 e R$ 1.699,00, respectivamente. As primeiras unidades já estão nas lojas.

O atual parque de EeePCs no Brasil é formado quase que exclusivamente por produtos trazidos do exterior por importadores independentes, sem a participação da Asus – isso sem falar naqueles comprados por pessoas em viagem ao exterior ou nos que foram simplesmente contrabandeados. A vantagem do EeePC nacional está no teclado, software e manuais em português, além do suporte de assistência técnica – algo bem mais complicado para as máquinas que foram internalizadas no país a partir de Miami ou outras fontes. "A Asus dá assistência técnica a todas as suas máquinas, mas o que for comprado no Brasil terá assistência técnica aqui. O que foi comprado nos Estados Unidos terá de ser encaminhado para assistência lá", explica Marcel Campos, gerente de Marketing da Asus Brasil.

Campos, aliás, acredita que o EeePC nacional irá se aproveitar do sucesso que a marca vinha fazendo no país. "Não temos como saber quantos EeePC já estão no Brasil, importados de forma independente. Mas sem dúvida há um número razoável", afirma.

Outros fabricantes

Quem estreou a produção de netbooks no Brasil foi a também curitibana Positivo, que lançou o Mobo em maio do ano passado. A tendência agora é que esse mercado se amplie. A Itautec planeja entrar no segmento até o fim deste trimestre, a Dell deve lançar o seu nas próximas semanas e a HP, até abril. A concorrência, portanto, vai dar as cartas no mercado de ultraportáteis.