A petroleira OGX, do empresário Eike Batista, assinou com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) contrato referente ao bloco POT-M-475, na bacia de Potiguar. O bloco é um dos quatro que a OGX manteve dos 13 comprados na 11ª rodada de licitações da agência, realizada em maio. Sem caixa, a empresa devolveu os outros nove. A OGX já havia assinado os três contratos de blocos comprados em parceria com outras empresas. Havia dúvida no mercado, porém, se a companhia ficaria com o bloco no Rio Grande do Norte, que adquiriu sozinha.
Atravessando uma grave crise financeira e com possibilidade, inclusive, de entrar em recuperação judicial, a OGX estaria negociando o bloco potiguar com a americana Exxon, segundo fontes da indústria.
Nesta terça, a ANP assinou os últimos 31 contratos que faltavam para encerrar a 11ª rodada. Ao todo foram 118 contratos assinados desde o dia 6 de agosto. Além da OGX, assinaram contratos nessa última rodada a Chevron, em consórcio com a Ecopetrol; Brasoil Manati; Geopark; Niko Resources; Queiroz Galvão; e Petra Energia.
Balanço
Na 11ª rodada foram arrematados 142 blocos, sendo que 24 foram devolvidos, mas que poderão ser adquiridos pelos segundos colocados no leilão.
Esta semana, a CEL (Comissão Especial de Licitação) da ANP deve se reunir para avaliar as propostas dos segundos colocados, que terão 30 dias, após a decisão da CEL, para efetuar o pagamento e assinar os contratos referentes a esses blocos.
Entre os segundo lugares está o ex-sócio e desafeto de Eike, Rodolfo Landim, que disputou com o "ex-patrão" e perdeu dois blocos marítimos na bacia de Barreirinhas, no Maranhão, em consórcio formado com a Pacific Brasil Exploração e Produção de Óleo e Gás.
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