Ele pode ser uma revolução para os que sofrem de tecnofobia

O iPad da Apple é basicamente um iPod Touch gigantesco. O simples fato de aumentar o tamanho da tela multitouch muda a experiência por completo. Os mapas se tornam mapas de verdade, como os de papel. A tela é do tamanho do aparelho, o que elimina a ne­­­ces­sidade de zoom. Você po­­­­de monitorar sua caixa de e-mails e abrir mensagens simultaneamente.

O novo aplicativo de leitura de iBooks é recheado de detalhes requintados. Por exemplo, quando você vira a página do livro, a borda da página no iPad segue a posição e velocidade do seu dedo quando é virada, igual a uma página de papel. Os controles de fontes, tamanho e luminosidade aparecem quando você toca a tela. O usuário pode digitar uma palavra para saber seu significado no dicionário, marcar um assunto do texto ou examiná-lo no Google ou na Wikipedia. Existe até uma trava de rotação na extremidade do iPad para que o usuário consiga ler na cama ou de lado sem medo que a imagem sofra uma rotação.

A Apple garante que a bateria aguenta 10 horas de funcionamen­­to contínuo – mas tudo o que sabemos é que não podemos confiar no fabricante. O que posso dizer é que no meu teste privado o iPad executou continuamente filmes das 07:30 às 19:53 – mais de 12 horas. Isso representa quatro vezes a duração da bateria para um DVD player portátil.

O iPad é tão rápido e leve, a tela multitouch é tão brilhante e funcional, o software é tão fácil de na­­ve­­gar que podemos dizer que esta é, sem dúvida, uma nova classe de gadget. Alguns chegaram a sugerir que ele pode ser uma revolução para quem sofre de tecnofobia, sejam idosos ou jovens; e eu con­cor­­do plenamente. Entretanto, os techies estão certos sobre um ponto: o iPad não é um laptop. Não ser­ve nem para criar algo. Por outro lado, ele é infinitamente mais conveniente para o consumo – livros, músicas, vídeos, fotos, web, e-mail, etc. Para a maioria das pessoas, manipular estes materiais digitais diretamente com o toque das mãos é uma experiência completamente nova – e profundamente satisfatória.O ponto principal é que o iPad foi desenvolvido e construído por um bando de perfeccionistas. Se você gosta do conceito, vai adorar o aparelho. A única questão é: você gosta do conceito?