O Conselho de Administração da Eletrobras anunciou nesta terça-fera (28) que aprovou o PDV (Plano de Incentivo ao Desligamento de Funcionários) da companhia. O programa é um dos instrumentos da empresa para se adaptar à nova realidade de receita do grupo Eletrobras após a redução de tarifas de energia elétrica pelo governo.
De acordo com nota emitida pela empresa, a adesão dos empregados será feita no período de 10 de junho a 10 de julho.
Quando estiver terminado o período, a companhia anunciará o custo efetivo pelo pagamento das indenizações.
Segundo estimativas iniciais da própria empresa de 20% a 25% dos 28 mil profissionais da estatal podem deixar a empresa motivados pelo programa. Caso a meta seja atingida, o valor pago aos funcionários pode chegar a R$ 2 bilhões.
As demissões devem ocorrer de 2013 a 2015, sendo que a maior parte delas deve se dar ainda este ano.
Adaptação
No ano passado, a Eletrobras teve prejuízo de R$ 6,8 bilhões, já em função da nova política de preços. No primeiro trimestre deste ano, a perda foi de R$ 36 milhões.
Outra medida visando reduzir gastos será a contratação de uma consultoria para estudar a melhor forma de reestruturar a Eletrobras, incluindo a venda de algumas das distribuidoras de energia.
Ainda de acordo com nota da Eletrobras, a evolução do programa será informada ao mercado "oportunamente".
A Eletrobras tem capacidade instalada para a produção de 41.621 megawatts, ou 35,5% do total gerado no Brasil, incluindo metade da potência da usina Itaipu pertencente ao Brasil. Tem ainda 56.179 quilômetros de linhas de transmissão em operação.
A empresa tem seis subsidiárias: Eletrobras Chesf, Eletrobras Furnas, Eletrobras Eletrosul, Eletrobras Eletronorte, Eletrobras CGTEE e Eletrobras Eletronuclear.
Tem ainda as distribuidoras de energia elétrica Eletrobras Amazonas Energia, Eletrobras Distribuição Acre, Eletrobras Distribuição Roraima, Eletrobras Distribuição Rondônia, Eletrobras Distribuição Piauí e Eletrobras Distribuição Alagoas.