Em meio à expectativa de perdas por conta da Medida Provisória 579, sobre a renovação das concessões do setor elétrico, a Eletrobras informou que, apesar de ter dito que vai aderir à MP, suas equipes técnicas ainda estudam os dados de indenizações que serão pagas pelo governo para compensar investimentos feitos nas concessões.
"(As equipes) estão buscando identificar investimentos que porventura não tenham sido reconhecidos pela Aneel (agência reguladora do setor) e que, por conseguinte, tenham sido desconsiderados na determinação da indenização, como, por exemplo, gastos com modernização, não contemplados no projeto básico das usinas", disse a estatal em nota.
Na quarta-feira, a empresa informou que fechou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 1 bilhão, queda de 36% em relação aos R$ 1,565 bilhão de igual período do ano passado.
A dívida líquida da companhia mais que dobrou, de R$ 10 bilhões no terceiro trimestre de 2011 para R$ 21 bilhões de julho a setembro deste ano.
No ano até setembro, porém, o lucro da holding foi de R$ 3,6 bilhões, contra R$ 3,2 bilhões no mesmo período de 2011, um crescimento de 14%.
A receita operacional líquida da companhia subiu 19% nos primeiros nove meses do ano, para R$ 24,4 bilhões. No terceiro trimestre, a receita também foi elevada em 19% em relação a de um ano atrás, para R$ 8,4 bilhões, resultado também maior do que o do trimestre anterior (R$ 7,7 bilhões).