Após apresentar seu maior prejuízo anual em 50 anos de história, o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, apresentou o novo plano de negócio da empresa empresa até 2017.Segundo ele, a companhia vai continuar investindo para manter sua participação no mercado de geração e transmissão de energia no nível atual. Para isso, a companhia terá necessidade de investir R$ 52 bilhões até 2017. Mas a companhia tem recursos para apenas R$ 33 bilhões, sendo que apenas R$ 4 bilhões vindo de recursos próprios. O restante, R$ 19 bilhões, ainda não está definido como será obtido. As opções, segundo ele, são aumento de capital pelos sócios (governo é o maior acionista), empréstimos bancários e venda de ativos da empresa.

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Segundo o diretor financeiro da companhia, Armando de Araújo, para esse ano serão necessários a captação de R$ 3 bilhões para realizar os investimentos. Ele afirmou que, devido aos indicadores negativos da companhia, não é viável pegar empréstimos bancários convencionais. Será necessário, segundo ele, pegar recursos em bancos públicos com garantias da União. Araújo ressaltou que as empresas estão capitalizadas devido às indenizações que estão recebendo do governo devido à mudança na lei e não precisariam de recursos para seu funcionamento.

Apesar do prejuízo, as ações da companhia estavam subindo hoje pela manhã na bolsa. O presidente chegou a brincar com os jornalistas afirmando que uma manchete boa para os jornais seria: "Eletrobras dá prejuízo e ações sobem".

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Neto avaliou que a valorização das ações se deve ao fato da empresa ter pago dividendos mesmo com o prejuízo a todos os acionistas e também a um forte plano de contenção de gastos que foi anunciado com o balanço. Pelo plano, a companhia vai fazer um corte de 20% de pessoal este ano e de 30% nos gastos correntes.