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TECNOLOGIA

Elon Musk: o bilionário que promete salvar o futuro da humanidade

Musk apresenta seus planos para colonizar Marte: entre a admiração e o ceticismo. | HECTOR GUERRERO/AFP
Musk apresenta seus planos para colonizar Marte: entre a admiração e o ceticismo. (Foto: HECTOR GUERRERO/AFP)

A comparação é batida, mas inevitável. Se você quiser saber quem é o que representa Elon Musk, o empreendedor bilionário à frente da Tesla e SpaceX, basta imaginá-lo como o “Tony Stark da vida real”. O próprio ator Robert Downey Jr., protagonista da série de filmes do Homem de Ferro, disse em entrevistas ter se encontrado com o empresário antes de encarnar o famoso playboy que veste a armadura vermelha. Musk é assim mesmo, um personagem digno de ficção: um homem um tanto quanto excêntrico, capaz de ter ideias mirabolantes e se dispor a gastar muito dinheiro nelas. E que, como os super-heróis das histórias em quadrinhos e do cinema, quer simplesmente salvar o mundo.

Musk nasceu na África do Sul e se mudou para o Canadá pouco antes de completar 18 anos. Logo foi parar no Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde fundou sua primeira startup aos 24. Desde então, fez fortuna ao adotar uma postura agressiva em seus negócios, investindo muito dinheiro do próprio bolso para garantir o controle absoluto das empresas diante de outros investidores – apesar de não ter fundado a Tesla, garantiu o comando da companhia ao investir US$ 6,5 milhões nos primeiros dias da fabricante de carros elétricos.

Quem observa o “portfólio” de Musk parece ter dificuldade de entender aonde o empresário quer chegar, com negócios tão diferentes (e inusitados). Hoje, ele comanda uma montadora de veículos elétricos (Tesla), uma fabricante de foguetes espaciais (SpaceX) e uma desenvolvedora de painéis solares (SolarCity). No entanto, todas parecem fazer parte de um plano maior, que envolve o fato de que todos os seus negócios estão interligados a curto e longo prazo – é o que o jornalista e biógrafo do empresário, Ashlee Vance, chama de “teoria do campo unificado de Elon Musk”. Sem medo de escancarar sua mania de grandeza, o empresário crê que uma adoção em massa da energia solar e dos carros elétricos, junto da viabilidade das explorações especiais, são essenciais para a sobrevivência de todos nós.

“Ele acredita nas tecnologias na medida em que as considera as coisas certas a serem almejadas para a melhoria da espécie humana”, resume Vance no livro que leva o nome do empresário, lançado no Brasil pela editora Intrínseca. Mês passado, Musk mobilizou a imprensa mundial para detalhar o que considera sua missão de vida: permitir que humanos viajem até Marte e colonizem o planeta. Isso, é claro, por meio das futuras naves da SpaceX.

“A história vai se dividir em duas direções. Um caminho é ficarmos na Terra para sempre e então haver algum evento de extinção. Eu não tenho uma profecia apocalíptica imediata, mas a história sugere que haverá algum evento do tipo. A alternativa é nos tornarmos uma civilização espacial, uma espécie multi-planetária. E esse é o caminho que eu espero que todos concordem que é o certo a seguir”, discursou Musk.

Na ocasião, ele detalhou sua meta de baratear uma possível viagem até Marte ao ponto de ela custar cerca de US$ 100 mil por pessoa – hoje, se possível, esse custo bateria na cada dos US$ 10 bilhões. Muitos especialistas seguem céticos quanto à viabilidade da empreitada – apesar de tantos outros terem rido, pouco mais de uma década atrás, da possibilidade de duas startups cogitarem competir com os gigantes do setor automotivo e da indústria aeroespacial. Se Musk é mesmo um visionário ou um garoto que leu quadrinhos e livros sci-fi demais na infância, só o tempo dirá. Por enquanto, os dólares em sua conta bancária (US$ 12 bilhões, segundo projeção da Forbes) falam por ele.

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