Desde o início de maio, o risco dos principais bancos europeus e norte-americanos, medido por um produto financeiro que funciona como seguro contra calotes, triplicou. A razão é a deterioração econômica e financeira dos países ricos e, principalmente, a ameaça crescente de uma ruptura desordenada na zona do euro.
O risco dos bancos europeus já superou o nível do momento mais grave da crise global, alguns meses após a quebra do Lehman Brothers no fim de 2008. A razão para a piora atual é a deterioração econômica e financeira dos países ricos e, principalmente, a ameaça crescente de uma ruptura desordenada na zona do euro.
O risco dos bancos (ou de um país ou uma empresa) é medido por um produto financeiro, o credit default swap (CDS), que funciona como um seguro contra calotes. Quanto mais alto o CDS, pior o risco, e maior o custo do banco para captar, o que, se piorar muito, pode até levar a quebradeiras. Na última quinta-feira, o CDS médio de nove grandes bancos europeus era de 373,19, muito acima dos 217,7 registrados em 9 de março de 2009, o recorde da primeira fase da crise global.
"Os CDSs dos bancos americanos e europeus estão com uma dinâmica muito ruim", diz o economista Fernando Rocha, sócio da gestora de recursos JGP, no Rio. Foi ele quem compilou a evolução do risco dos bancos e juntou as principais instituições dos Estados Unidos e da Europa para observar o que acontece com o CDS médio.
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