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O faturamento da indústria iniciou o segundo semestre em alta, com um crescimento de 3,6% de junho para julho, e avançou 11,4% nos sete primeiros meses deste ano contra igual período de 2009, informou nesta quinta-feira (9) a Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio dos indicadores industriais.

Segundo dados da entidade, o crescimento registrado no acumulado deste ano é o maior para este período desde o início da série histórica, em 2005. "Após acomodação no trimestre anterior, a atividade industrial volta a crescer no terceiro trimestre", informou a entidade.

Recorde também no ano

Segundo o economista Marcelo de Ávila, da CNI, o resultado até julho já assegura uma taxa de expansão de, pelo menos, 8,4% no faturamento da indústria para todo este ano, o que também representará novo recorde histórico. Até o momento, a maior expansão das vendas da indústria havia sido registrada em 2008 (+5,4%). A série da entidade tem início em 2005.

"O crescimento é forte, mas está acontecendo em cima de uma base deprimida [por conta da crise financeira internacional, que gerou uma queda de 4,3% no faturamento em 2009]. Está havendo uma recuperação em 'V' e não em 'W' como alguns economistas previam", disse Ávila a jornalistas.

Emprego industrial

De acordo com a CNI, o emprego industrial continou crescendo no mês de julho, quando avançou 0,5% frente ao mês anterior. Esse é o 13º mês consecutivo de expansão deste indicador. A entidade observou que o emprego da indústria cresce de forma "intensa e continuada". No acumulado deste ano, a elevação foi de 4,8%, o maior valor desde 2005. Para o emprego, disse o economista Marcelo de Ávila, o ritmo de crescimento deste ano é forte.

Produção

Já as horas trabalhadas, indicador relacionado com o nível de produção da indústria, também registraram crescimento em julho, quando houve uma expansão de 1,6% contra junho deste ano. De janeiro a julho de 2010, o indicador acumula uma expansão de 7,7%.

Uso do parque fabril

O nível de uso do parque da indústria (conhecida como utilização da capacidade instalada) somou 82,3% em julho deste ano, informou a CNI, com queda de 0,2 ponto percentual frente a junho deste ano (82,5%). "Essa foi a terceira queda seguida nessa base de comparação", informou a CNI. Esse indicador é acompanhado com atenção pelo mercado financeiro, uma vez que seu crescimento contínuo pode indicar pressões inflacionárias.

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