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A presidente Dilma Rousseff usou hoje a cerimônia de assinatura dos contratos de exploração do pré-sal na área do Campo de Libra para rebater críticas na condução do leilão e acusações de ineficiência e intervenção política na Petrobras.

Segundo ela, o leilão, criticado por não ter tido concorrentes além do consórcio vencedor e por ter sido arrematado pelo valor mínimo, é "um ótimo negócio", além de ser um sinal "efetivo, concreto e inequívoco" de que o Brasil está aberto ao investimento privado.

"Estamos aqui porque conseguimos preservar a Petrobras quando era moda na América Latina privatizar as empresas de petróleo", discursou Dilma.

"O Brasil dá claramente um sinal efetivo, concreto e inequívoco de que está aberto ao investimento privado -nacional ou estrangeiro. Essa solenidade atesta mais uma vez que o sucesso das parcerias que meu governo tem firmado com a iniciativa privada, parcerias que vão além do petróleo e do pré-sal", continuou.

"Digo sem hesitar que a exploração do Campo de Libra é um ótimo negócio e o maior indício disso está na participação dessas empresas."

Consórcio

O consórcio para exploração do pré-sal no Campo de Libra é formado pela Petrobras (que detém 10%, mais os 30% obrigatórios), além das chinesas CNPC e CNOOC (10% cada), pela anglo-holandesa Shell (20%) e pela francesa Total (20%). Juntas, devem pagar um bônus inicial de R$ 15 bilhões -dinheiro que será usado para engordar a economia que o governo precisa fazer para pagar os juros da dívida pública.

O grupo arrematou, em leilão realizado em outubro último, a concessão para exploração de petróleo e gás natural da região por um prazo de 35 anos. Segundo o governo, a estimativa é de que o Campo de Libra renderá R$ 1 trilhão nesse período.Segundo a presidente da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard, as empresas terão quatro anos para iniciar o programa de exploração e, a partir do quinto ano, é que deverá iniciar a produção efetiva de petróleo.

O presidente da Total, Darri Carrere, disse que nos últimos cinco anos 40% das descobertas de petróleo da empresa no mundo foram no Brasil e que, por isso, é "extremamente importante para a companhia" estar no país. "Certamente será uma grande oportunidade para nós", disse.

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