Os diretores do Banco Central (BC) avaliam que o recente ajuste realizado no patamar da Selic (a taxa básica de juros da economia) ainda não gerou todos os efeitos na economia. Na ata da reunião de outubro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta, os diretores afirmam que "os efeitos do processo de ajuste da taxa básica de juros iniciado em abril de 2010 ainda não se fizeram sentir integralmente". A Selic subiu 2 pontos porcentuais entre abril e julho deste ano, para os atuais 10,75% ao ano.
Diante desse quadro, o BC reafirma a expectativa de que a inflação vai convergir com a meta. A afirmação foi feita, porém, sem citar o horizonte dessa previsão. "De qualquer maneira, o Comitê assegura que, caso esse cenário não se concretize tempestivamente, a postura de política monetária será ajustada", observa o texto.
"Dito de outra forma, caso a inflação não convirja tempestivamente para o valor central da meta estabelecida pelo CMN (Comitê de Política Monetária), a política monetária atuará a fim de redirecionar a dinâmica dos preços e, portanto, assegurar que a meta seja atingida", registra a ata. Para 2010 e 2011, o centro da meta de inflação é de 4,50%.
A ata da reunião de outubro do Copom reafirma que "neste momento prevalece o entendimento de que a convergência da inflação para o valor central da meta tende a se concretizar". O documento cita ainda que a recente alta dos preços de alimentos já estava contemplada nos cenários previstos pelo BC desde a reunião anterior, realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro.
"O fato de que a contribuição de alimentos para a inflação plena tem sido elevada, comparativamente ao padrão histórico, sugere estar em curso a materialização de riscos de curto prazo que haviam sido identificados e levados em conta no balanço de riscos avaliado na última reunião do Copom", destacou o documento.
Os diretores do BC observam ainda que a convergência da inflação à meta está condicionada "à materialização das trajetórias com as quais o Comitê trabalha para variáveis fiscais e creditícias, entre outras". Caso esse cenário esperado não se concretize, a política monetária será ajustada "de modo a garantir a convergência entre o ritmo de expansão da demanda e o da oferta".
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