No Paraná, o movimento ganhou corpo com a adesão de novas agências nas principais cidades do estado (veja quadro ao lado). Em todo o estado há 1.375 agências e 503 estão fechadas 36% do total. Cascavel é onde a greve está com mais força: as 37 agências bancárias da cidade amanheceram fechadas ontem e devem continuar assim hoje, segundo o sindicato regional. Na região de Curitiba, 51% das 468 agências estão com o atendimento paralisado, além dos 13 centros administrativos com portões fechados pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana. O número é ainda maior se levado em consideração o número de bancários de braços cruzados: 82% dos 17,9 mil funcionários de bancos da Grande Curitiba estão parados. Em todo o Paraná são 30 mil trabalhadores.
Em Londrina e região, 82% das agências estavam fechadas. O presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivellari, lembra aos consumidores que pode haver dificuldades para fazer depósitos. "A maioria das agências não está com a função 'depósito' disponível nos caixas eletrônicos, mas, se estiver, o banco é responsável pela operação", afirma Crivellari.
Na região de Maringá, quase 90% dos 1,8 mil bancários estão parados. "Nós estamos autorizando a entrada somente dos gerentes gerais e administrativos, que continuam nas agências", explicou o presidente do sindicato, Claudecir de Souza. Em Ponta Grossa, 19 agências estão paralisadas, o que representa cerca de 80% de adesão. De acordo com o sindicato da região, são esperadas novas adesões dos bancos hoje.
Na região de Foz do Iguaçu a greve nacional dos bancários registrou quase 100% de adesão nos dois primeiros dias. De acordo com o sindicato, nos outros seis municípios que compõem a regional, cerca de 70% dos funcionários aderiram ao movimento. Em 25 estados e no Distrito Federal, 6.248 das 20.073 agências foram fechadas 31% do total.
Colaboraram Derek Kubaski, de Ponta Grossa, especial para a Gazeta do Povo; Fabiula Wurmeister, da sucursal de Foz do Iguaçu; Juliana Gonçalves, da sucursal de Londrina; Luiz Carlos da Cruz, correspondente em Cascavel; e Marcus Ayres, da Gazeta Maringá.
