Dragas trabalham na obra do porto de Açu, projeto da LLX| Foto: Ricardo Moraes/ Reuters

Desmonte

Eike Batista dá adeus aos seus portos

Responsável pelo projeto de mineração Minas-Rio, a Anglo American confirmou ontem para o segundo semestre de 2014 o início das operações, com o primeiro embarque no Porto do Açu. Na última semana, o fundo EIG concluiu a aquisição da LLX (que era do grupo EBX, de Eike Batista), controladora do Porto do Açu, onde a mineradora detém participação em um terminal para exportação de minério de ferro.

MMX

O empresário Eike Batista cedeu o controle de seu porto de minério de ferro para a trading holandesa Trafigura Beheer e para o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala, em um acordo de US$ 996 milhões que tira dívidas de suas mãos e assegura novo investimento no porto Sudeste, um porto em construção que está programado para começar a operar em meados de 2014.

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A petroleira OGX, do grupo EBX, do empresário Eike Batista, divulgou ontem que seu Conselho de Administração aprovou Paulo Narcélio Simões Amaral como novo diretor-presidente. Amaral substitui Luiz Carneiro e acumula os cargos de diretor financeiro e de relações com investidores. O conselho também aprovou a contratação da consultoria Angra Partners, liderada por Ricardo Knoepfelmacher, para coordenar e assessorar o processo de reestruturação.

Além do presidente, o diretor jurídico José Roberto Penna Chaves Faveret Cavalcanti deixa a companhia. O advogado Darwin Corrêa atuará como consultor jurídico junto ao conselho de administração. A OGX também informou, por meio de fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária, em 1º de novembro, para destituir e eleger conselheiros. Outra decisão do conselho foi determinar à diretoria a contratação de especialista internacional, para auditor a OGX nos exercícios sociais de 2008 a 2013. "A decisão do conselho de administração tem por objetivo fortalecer a gestão da companhia para a reavaliação de sua estratégia e elaboração e implementação de um projeto de reestruturação que atenda os melhores interesses da coletividade de seus acionistas, funcionários e credores, cumprindo com a sua função social", informou a OGX, no comunicado.

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Uma fonte ouvida pela Agência Estado informou que a OGX acertou com um grupo de investidores norte-americanos os termos iniciais de um acordo que terá com consequência imediata a injeção de cerca de US$ 200 milhões na companhia. De acordo com a fonte, a dispensa de Carneiro da presidência foi uma das condições para o acordo.

A empresa está em crise desde junho, quando anunciou que três campos de exploração tinham reservas comercialmente inviáveis. No início deste mês, ela adiou o pagamento de juros de títulos lançados no mercado internacional. A inadimplência fez com que ela perdesse crédito e o preço de suas ações desabasse na bolsa de São Paulo.