O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (8), quebrando uma sequência de cinco altas consecutivas, depois de uma sessão de intensa volatilidade com os investidores pesando os desdobramentos da crise e as ações dos bancos centrais de todo o mundo para contê-la. A moeda norte-americana recuou 1,34%, para R$ 2,28. A Bovespa, que chegou a operar em alta no meio da tarde, mas registrou desvalorização de mais de 6% no início do pregão, acabou fechando mais ou menos no meio do caminho: teve recuo de 3,85%, fechando aos 38.593 pontos. A volatilidade foi sentida durante toda sessão. Pela manhã, o dólar à vista chegou a atingir a máxima de R$ 2,53 reais no pregão eletrônico da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) - levando o Banco Central a realizar três leilões de venda de dólares das reservas sem compromisso de recompra. Além disso, o BC vendeu ao mercado contratos de "swap" cambial tradicionais.
Diferentes estratégias
O BC realizou três leilões distintos no fim da manhã, a taxas de R$ 2,44, R$ 2,37 e R$ 2,35. A instituição não informou qual o valor de venda de dólares das reservas cambiais, que ultrapassaram a marca de US$ 208 bilhões na última segunda-feira (6). Segundo o BC, a opção de não informou os valores "sempre prevaleceu". Além disso, a autoridade monetária informou ter vendido US$ 1,3 bilhão em contratos de "swap" ao mercado financeiro na tarde desta quarta-feira com o objetivo de conter a escalada da moeda norte-americana. Os contratos têm vencimento em dezembro deste ano e janeiro de 2009. O mercado finaneiro também repercutiu dados externos, como o corte de juros conjunto feito pelos bancos centrais da Europa, da Inglaterra e dos Estados Unidos. No mercado americano, o juro básico agora é de 1,5% ao ano. Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção de crescimento para a economia mundial em 2009.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast