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O mercado financeiro se recupera nesta quarta-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que abriu o pregão em baixa, acompanha agora Wall Street e sobe 0,49%, para 37.581 pontos (volume financeiro de R$ 710 milhões). O dólar comercial fechou a primeira etapa em queda de 0,69%, a R$ 2,157 na compra e R$ 2,159 na venda. Na mínima, caiu 1,06%, a R$ 2,151 na venda.

- O fluxo é positivo nesta quarta-feira e o cenário externo um pouco mais calmo, com a curva de juros em queda nos Estados Unidos. Da mesma forma que o dólar não consegue romper a barreira abaixo de R$ 2,10 também não fica acima de R$ 2,17 - disse Marcelo Voss, economista-chefe da Corretora Liquidez.

Pelo menos até a semana que vem, quando ocorrerá a reunião do Federal Reserve, nos dias 27 e 28, os investidores vão ficar de olho no comportamento das taxas de juros nos Estados Unidos. Na segunda-feira à noite, Ben Bernanke, presidente do Banco Central americano, em discurso a economistas, deu a entender que as taxas de juros devem continuar subindo.

A expectativa é que os juros subam 0,25 ponto percentual nos Estados Unidos, de 4,5% para 4,75% ao ano. A taxa vem subindo gradualmente desde 2004. Europa e Japão também preparam a elevação do juro, prejudicando os emergentes, que acabam tendo os recursos destinados à aplicação desviados.

No cenário interno, há rumores sobre as mudanças na regra cambial, com a restrição à entrada de capital estrangeiro no país. Por enquanto, o mercado financeiro não foi influenciado pelo cenário político, mas os investidores estão atentos aos problemas que envolvem o ministro da Fazenda, Antônio Palloci. O PFL culpa o ministro pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que acusa Palloci de freqüentar a casa onde havia negociata de dinheiro irregular.

- Mas o cenário político ainda é muito subjetivo. Gera desconforto, mas não risco. Se o cenário externo está ruim, um problema político como esse ajuda a puxar o mercado para baixo. Do contrário, a influência é pequena - disse Voss.

No mercado de juro, as taxas se ajustam para baixo nos contratos futuros. O Depósito Interfinanceiro (DI) de julho de 2006 passava há pouco de 15,81% para 15,77% (-0,25%) e o de outubro, que estava em 15,38%, passava para 15,34% (-0,26%). Para janeiro de 2007, o contrato mais líquido, a taxa passava de 15,15% para 15,12% (-0,20%).

O risco-país, que mede a percepção do investidor estrangeiro sobre o Brasil, subiu pela manhã, mas já apresentava há pouco estabilidade. O EMBI+ brasileiro estava em 228 pontos centesimais às 13h. Os títulos brasileiros negociados no exterior subiam. O Global 40, título de 40 anos, tinha alta de 0,38%, para 130,50% do valor de face. O A Bond subia 0,46%, para 110,25% do seu preço.

Na Bovespa, entre as ações mais negociadas estavam Petrobras PN, Bradesco PN e Telemar PN. As principais altas eram há pouco de Light ON (2,31%), Embratel Part PN (2,17%) e Itausa PN (2%). Entre as quedas estavam Cemig ON (1,21%), Telesp PN (1,17%) e Arcelor BR ON (1,15%).

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