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Bolsa de valores

Em dia volátil, blue chips garantem alta da Bovespa

Em uma sexta-feira volátil, com diversos indicadores importantes nos Estados Unidos e o anúncio de elevação dos compulsórios no Brasil pelo Banco Central para evitar uma bolha no crédito, a bolsa brasileira conseguiu encerrar o dia em leve alta, ancorada no desempenho positivo de blue chips.

O Ibovespa, principal índice do mercado local, fechou com alta de 0,34 por cento, para 69.766 pontos. Na mínima da sessão o índice chegou a cair 0,84 por cento. Na semana o Ibovespa acumulou alta de 2,3 por cento.

O volume financeiro do pregão foi de 5,94 bilhões de reais.

Após iniciar o dia no zero a zero, o principal índice de ações brasileiras caiu em consequência de dados piores que o esperado sobre criação de postos de trabalho nos EUA, mas se recuperou posteriormente por números norte-americanos do setor de serviços e de encomendas à indústria.

Nos EUA, o Dow Jones e o S&P operavam entre estabilidade e ligeira alta perto do fechamento, enquanto o Nasdaq avançava 0,4 por cento.

A geração de postos de trabalho nos EUA cresceu pouco em novembro, e a taxa desemprego inesperadamente subiu a 9,8 por cento, mas o setor de serviços cresceu em novembro pelo décimo primeiro mês consecutivo.

"As altas na blue chips ajudaram por aqui, a Fibria também, mas menos. Contudo, ainda estamos sem viés, passando por um período complicado. Os EUA estão com um comportamento bipolar, isso vem trazendo muita volatilidade", afirmou o analista-chefe da corretora SLW, Pedro Galdi.

No front doméstico, a manhã foi agitada com o BC anunciando aumento nos compulsórios. Com as mudanças, os bancos terão de recolher 61 bilhões de reais a mais junto ao BC.

No Ibovespa, as blue chips foram as principais responsáveis por sustentar os ganhos da sessão.

As ações preferenciais da Vale subiram 0,91 por cento, para 49,95 reais, enquanto que as ações ordinárias da mineradora ganharam 1,25 por cento, para 56,60 reais.

Os papéis preferenciais da Petrobras subiram 1,18 por cento, para 25,70 reais, ao passo que os papéis ordinários fecharam em alta de 1,31 por cento, aos 28,58 reais.

Entre os destaques da alta, as ações da Fibria subiram 4,33 por cento, para 28,69 reais.

Na ponta negativa, os bancos e construtoras sentiram o peso das medidas anunciadas pelo BC.

As units do Santander tiveram uma das maiores desvalorizações da sessão, de 3,3 por cento, para 22,58 reais. Banco do Brasil recuou 2,66 por cento, para 32,60 reais, e Bradesco perdeu 2,02 por cento, para 33,95 reais.

As novas medidas do BC também ajudaram a derrubar ações de construtoras. "Esperamos reação inicial negativa nas ações de construtoras devido ao reflexo de venda de setores sensíveis a taxa de juros em um ciclo de aperto, mas no fim podem sair ganhando devido às nuances do sistema hipotecário que se desenvolve no Brasil", afirmou o Citi em relatório.

As ações da PDG Realty cederam 1,58 por cento, para 9,94 reais, enquanto as da Gafisa perderam 2,20 por cento, para 12,02 reais.

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