A crise econômica vivida pelo país em 2016 deixou um rastro de desemprego nas famílias brasileiras. Foram fechados 1,32 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no ano passado. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o retrocesso foi um pouco menor que no ano anterior. Em 2015, a recessão econômica ceifou 1,53 milhão de empregos.
Apesar da queda no ritmo da perda de empregos formais no país, o retrocesso causado pela crise econômica é forte. Nos últimos dois anos, houve o fechamento de 2,85 milhões de empregos formais.
Segundo o comunicado divulgado pelo Ministério do Trabalho, a crise começou a perder fôlego em abril do ano passado, quando o país registrava o pico de 1,83 milhões de vagas fechadas num período de 12 meses.
“Mas esse número começou a cair mês a mês. No final do ano, a perda em 12 meses já estava menor em 503.615 postos”, diz o governo em nota. “Em dezembro, mês que historicamente apresenta forte aumento no número de demissões, a perda foi de 462.366 vagas, 22,4% menor do que no mesmo período de 2015, outro dado que mostra o arrefecimento na crise do emprego”.
No ano passado, apenas um estado teve geração de vagas no período. Foi em Roraima que os postos com carteira assinada cresceram. O estoque de vagas passou de 51.662 em dezembro de 2015 para 51.746 em dezembro de 2016: alta de 0,16%.
Já os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram os que menos sofreram. As perdas foram respectivamente: 0,22%, 1,6%, 1,63% e 2,09% em 2016, em relação ao ano anterior.
Setores
De acordo com o ministério, houve um retrocesso em todos os setores da economia. No entanto, o governo ressalta que a queda foi menor que no ano anterior.
O setor mais prejudicado foi o da Construção Civil. Em 2016, foram fechados 13,48% dos postos formais. Já no Extrativo Mineral, a queda foi de 5,67%. Na Indústria da Transformação, a baixa foi de 4,23%.
O setor menos prejudicado foi o da Agricultura com um fechamento de 0,84% das vagas. Já a Administração Pública teve percentual de 0,97% de vagas fechadas. O Comércio e os Serviços tiveram perdas de, respectivamente, 2,22% e 2,28%.
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