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ANP não identificou guerra entre distribuidoras | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
ANP não identificou guerra entre distribuidoras| Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo

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O forte reajuste dos combustíveis dobrou o ganho dos postos de Curitiba nas últimas duas semanas. A margem de revenda da gasolina – diferença entre o valor que o posto paga à distribuidora e o quanto cobra do cliente – aumentou de 24 para 47 centavos por litro, em média, a maior desde fevereiro. E o ganho com o etanol subiu de 15 para 32 centavos, atingindo o patamar mais alto em um ano. Os dados são dos levantamentos semanais da ANP, agência reguladora do setor.

INFOGRÁFICO: Acompanhe o aumento no preço da gasolina e do etanol

Na semana entre 13 e 19 de outubro, o litro da gasolina era vendido por R$ 2,626, em média, nos postos da cidade. Desde então, subiu 9%, chegando a R$ 2,872 por litro na semana passada, segundo a ANP. No mesmo intervalo, o valor do etanol na bomba subiu cerca de 10%, de R$ 1,774 para R$ 1,957 por litro.

Embora os postos tenham atribuído o reajuste ao fim dos descontos das distribuidoras, que por vários meses teriam promovido uma "guerra de preços", o levantamento da ANP não identificou um aumento significativo nos preços cobrados por elas. Segundo a pesquisa, o valor que os postos pagam pela gasolina oscilou de R$ 2,391 para R$ 2,403 por litro nas últimas duas semanas. O preço de custo do etanol, por sua vez, passou de R$ 1,621 para R$ 1,640.

Notas fiscais

Os dados sobre preços cobrados pelas distribuidoras – e, consequentemente, sobre a margem de revenda – são fornecidos pelos próprios postos, que têm de exibir as notas fiscais de compra aos pesquisadores contratados pela ANP. Mas nem todos os estabelecimentos cumprem essa norma: dos 95 consultados na semana passada, somente 49 mostraram as notas. Foi com base nas informações desses revendedores que a agência reguladora calculou o preço médio de custo e a margem de revenda na cidade.

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