A greve dos auditores da Receita Federal em Foz do Iguaçu tem causado transtornos para caminhoneiros que chegam à Estação Aduaneira do Interior (Eadi). O pátio está lotado com 690 caminhões, alguns parados há 13 dias. Os motoristas estão revoltados. Ontem, cerca de 40 caminhões, do lado de fora da Eadi, aguardavam para entrar, além de outros 30 parados em postos de combustíveis à margem da rodovia. Em dias normais são liberadas 600 cargas, mas esse número caiu para 100 com a greve a maioria de perecíveis, explosivos e animais vivos.
Desde o dia 12 à espera da liberação do carregamento de ferro-velho, o gaúcho Ornélio Niuhaus, 44 anos, mostrava desânimo. "Do jeito que entrei, estou agora. Ninguém falou comigo", afirmou. Conforme o Unafisco, a Delegacia da Receita Federal tem 66 auditores na jurisdição de Foz do Iguaçu a Guairá, dos quais somente três não teriam aderido ao movimento. "Temos apenas um servidor de plantão no aeroporto e nas pontes do Paraguai e da Argentina para evitar risco à soberania nacional", explicou o delegado Robson Ferreira. Segundo ele, caso não seja fechado acordo com o governo federal, os fiscais lotados na Costa Oeste, que continuam na ativa, também vão aderir à greve.