O governo lançou nesta terça-feira o Programa de Investimento em Energia Elétrica (PIEE), que prevê novos investimentos de R$ 186 milhões no setor entre agosto deste ano até 2018. Do total, R$ 116 bilhões serão em obras de geração e R$ 70 bilhões em transmissão. A intenção é agregar ao sistema entre 25 mil e 31,5 mil megawatts (MW).
Em seu discurso, a presidente Dilma Rousseff disse que o plano energético vai ampliar a solidez do sistema de produção e distribuição de energia no país.
“As contas de luz aumentaram, nós lamentamos. Nos tivemos que usar as termoelétricas e pagar bem mais”, disse Dilma, reforçando que o governo faz um esforço para mudar a situação. “Faremos todas as nossas ações e esforços no sentido de assegurar o abastecimento, essa é a sinalização que estamos dando hoje”, acrescentou.
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, citou alguma obras importantes, como a usina hidrelétrica de Teles Pires que já se encontra pronta, em fase de testes. E, também alguns investimentos que ainda serão contratados. Ele também destacou a importância das fontes alternativas, em especial o que considerou “um caso de absoluto sucesso, a energia eólica”.
Nas energias renováveis, destacou Eduardo Braga, estão surgindo novas oportunidades para investidores. Entre 2005 e 2014, o BNDES financiou 291 parques eólicos, que irão adicionar 7.500 MW de capacidade instalada ao país.
Segundo estimativas do governo, em 2023 as usinas eólicas deverão representar 11,4% da matriz elétrica brasileira, com 22,4 mil MW de potência instalada, capacidade igual à de duas usinas Belo Monte.
Outras duas hidrelétricas – São Luis de Tapajós e Jatobá, as duas no rio Tapajós – também são consideradas importantes para o abastecimento de energia no país, que deverão ter os leilões realizados até o final do ano. “O Brasil pode contar com toda energia que precisa para o presente e para o futuro”, garantiu Eduardo Braga.