Muro de tevês da Panasonic no Centro de Convenções de Las Vegas: aparelhos com acesso à internet e 3D (inclusive sem uso de óculos) se destacam no mercado| Foto: Robyn Beck/AFP

Acessório carrega celulares com "energia pessoal"

AFP

Uma empresa americana apre­­sentou em Las Vegas um pequeno aparelho que recarrega a bateria de um telefone ce­­lular ou de qualquer outro equi­­pamento eletrônico graças a sua capacidade de armazenar a energia criada pelo mo­­vimento de alguém que corre ou caminha.

O "gerador de energia pessoal" da Tremont Electric é um bastão metálico de 23 cm de comprimento, que pesa 312 gramas. Cria energia através da oscilação de imãs que passam por uma espiral metálica durante uma caminhada, um passeio ou uma corrida, e que fica armazenada caso haja a necessidade de recarregar o aparelho. "É para os amantes do ar livre, que estão em uma floresta e não têm acesso a uma rede elétrica, ou para pessoas que vão ao trabalho e precisam sempre de um car­­regador de emergência", ex­­plicou Jessica Davis, porta-voz da empresa. A empresa começou a vender estes "carregadores cinéticos" em setembro, por US$ 160, e eles já estão esgotados. São compatíveis com mais de 3 mil aparelhos que tenham portas USB 2.0.

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Las Vegas pode ter perdido para a chinesa Macau o posto de capital mundial da jogatina, mas continua firme como o centro global da badalação eletrônica. Todos os anos ocorre lá a Consu­mer Electronics Show (CES), maior feira mundial de produtos eletrônicos. Todos os grandes fabricantes estão lá, mostrando o que têm de mais reluzente e pro­­missor. Fazem grandes promessas, de olho em uma fatia maior de um mercado, pela primeira vez este ano, deve ultrapassar US$ 1 trilhão.

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A previsão trilionária é de Steve Koenig, diretor de análise da indústria da Consumer Elec­tro­­nics Association (CEA), entidade que agrupa os fabricantes e é a organizadora da festa de Ve­­gas. "Esse número está realmente ao alcance", diz ele. Para chegar lá, as empresas apostam em smartphones, tablets, leitores de livros eletrônicos e televisões de tela plana LCD – em especial nos modelos novos, maiores e dotados de funções diferenciadas como a exibição em 3D e acesso à internet. O tipo de equipamento que foi mostrado nos corredores do Centro de Conven­ções de Las Vegas, por onde passaram 125 mil visitantes de todo o mundo e 2.700 expositores.

A CEA espera que as vendas de equipamentos cresçam 23% na Europa ocidental neste ano, 15% na América do Norte e Chi­­na e 10% na América do Sul. Essa estatística inclui, portanto, em­­presas brasileiras. Como a Positi­vo Informática, que aproveitou o lançamento da segunda geração de processadores Intel Core, feita pela própria Intel durante a CES, para divulgar o lançamento de uma nova linha de computadores, já equipados com o chip. São três modelos de desktops e um de notebook, com preços entre R$ 2.900 e R$ 3.400. De acordo com o fabricante, os novos processadores garantem mais velocidade, melhor performance de vídeo e menor consumo de energia.

Inteligentes

As vendas de produtos eletrônicos aumentaram 13% em 2010, a US$ 873 bilhões de dólares, após uma queda de 9% em 2009 devido à recessão. O economista-chefe da CEA, Shawn Dubra­vac, disse que os smartphones e os tablets, como o popular iPad, da Apple, serão os produtos mais vendidos em 2011. "O telefone padrão é um mercado em declínio", disse Dubravac. "Todo o crescimento que se vê está nos telefones inteligentes."

Nessa área, houve lançamentos relevantes. Um deles foi o Motorola Atrix 4G, que recebeu boas críticas da imprensa global. O aparelho tem processadr dual core de 1 gigahertz e memória RAM de 1 gigabyte. Com o uso de acessórios, como um dock e um monitor (ou aparelho de tevê), ele pode se transformar num com­­putador "de verdade" – desk­top ou notebook. Além disso, ele tem conexão com a rede LTE, também conhecida como 4G. É o próximo padrão de telefonia, substituto do 3G, em uso em al­­gumas poucas regiões do mundo. Outro lançamento foii o Opti­­mus Black, apresentado pe­­la LG como o smartphone mais fino do mundo, com 9,2 milímetros de espessura.

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Sem óculos

Outro segmento que deve puxar o crescimento de vendas é o dos aparelhos de tevê. Sony, Panaso­nic, LG e outras empresas apostaram em telas grande e na exibição de conteúdo 3D, mas isso não é tudo. A Toshiba apresentou seus primeiros modelos comerciais 3D que dispensam o uso de óculos especiais. No Japão, mo­­delos de 12 e 20 polegadas acabam de chegar às lojas, mas a em­­presa promete colocar em lojas de todo o mundo aparelhos de 40 e 50, ainda sem data definida (e sem preço também).