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Combustíveis

Em Maringá, preço baixo pode esconder irregularidade

Há uma semana as placas de preços dos postos de Maringá mostram valores cada vez mais baixos para o preço do álcool. O consumidor desconfia, mas aproveita. "Eu procuro abastecer onde eu confio e aproveito essas promoções", diz o representante comercial Adilson Monteiro. Ele abasteceu o carro ontem, aproveitando o preço de R$ 0,95 o litro do álcool, no Auto Posto Tuiuti, de bandeira Petrobrás. Na semana passada, o litro do combustível era vendido em alguns postos a R$ 1,48.

"É a guerra de preços entre as distribuidoras", justifica o proprietário da revendedora, Roberto Taborda Cavalheiro. Ontem a tarde, uma fila de carros se formou no postos para aproveitar o preço. O empresário justifica o preço dizendo que tem descontos das distribuidoras para enfrentar a disputa, nem sempre honesta, no setor.

Para o presidente do sindicato que representa os postos (Sindicombustíveis), Roberto Fregonese, a queda brusca nos preços em Maringá merece uma atenção das autoridades uma vez que, segundo ele, só há duas maneiras de se vender álcool tão barato como está na cidade: por sonegação fiscal ou abuso do poder econômico. "Já comuniquei a Secretaria da Fazenda para que redobre os cuidados na região."

Fregonese diz que o litro do álcool está em uma média de R$ 0,61 (sem os tributos estaduais e federais) nas usinas e chega às distribuidoras em torno de R$ 0,95. Neste valor devem somar ainda o frete, a logística e margens de lucro da distribuidora e revendedores.

A Receita Estadual informou que mantém uma coordenadoria específica para o setor e que está atento à queda dos preços. O inspetor regional de fiscalização, Roberto Vilar diz que ontem mesmo havia fiscais trabalhando nos postos e que foram apreendidas três carretas transportando combustível na região este mês com problemas como notas fiscais irregulares.

Nos próximos dias a Receita pretende intensificar a fiscalização nas rodovias de 58 municípios da região de Maringá, em horários alternados. Vilar diz que o problema mais comum na região é a sonegação e não a adulteração. Isto ocorre porque o centro produtor é próximo do consumidor e isto possibilita que a mesma nota fiscal seja utilizada para transportar cargas diferentes no mesmo dia.

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