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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em baixa na tarde desta terça-feira (7), em um pregão mercado pela volatilidade. Desde o início dos negócios, a bolsa alternou diversas vezes as tendências positiva e negativa, mostrando o nervosismo do mercado em meio à precária situação financeira internacional.

Às 15h07, o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, exibia queda de 5,24%, aos 39.834 pontos.

Mais cedo, a Bovespa também havia reagido ao acordo anunciado por autoridades da União Européia, para que os bancos do continente possam garantir os depósitos bancários dos clientes.

Volatilidade atinge câmbio e dólar volta a oscilar

Outro incentivo para o mercado financeiro é a divulgação do calendário de ações coordenadas de injeção de dólares nos mercados até o final do ano por vários BCs mundiais. Nos EUA, os valores aumentaram e os recursos a serem disponibilizados devem chegar a US$ 1,35 trilhão.

Também pesa sobre o mercado a ação do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que anunciou que adquirirá grandes quantias de dívida de curto prazo para reativar os mercados financeiros.

Expectativa

No exterior, os investidores monitoraram o discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, proferido na tarde desta nesta terça-feira. Bernanke disse estar pronto para cortar a taxa básica de juro norte-americana, uma mudança dramática de posição para dar suporte à economia, afetada por uma crise financeira de "dimensões históricas".

Também será divulgada a ata da última reunião do Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc, na sigla em inglês). A partir do texto, espera-se avaliar a possibilidade de uma ação conjunta dos bancos centrais das grandes economias no sentido de reduzir globalmente a taxa de juro para evitar uma recessão mundial. Na Austrália, o BC local já anunciou a queda de 1% na taxa.

O mercado brasileiro também analisa o impacto das novas medidas para ajudar pequenos bancos e empresas exportadoras, anunciadas em entrevista coletiva na tarde de segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Panorama externo

Nos EUA, os indicadores da bolsa de Nova recuam, após abrirem em alta. Por volta das 14h50 o índice Dow Jones caía 1,94%. No mesmo horário, o indicador tecnológico Nasdaq tinha desvalorização de 2,7%. As ações européias caíram nesta terça, à medida que o aumento das preocupações sobre a saúde do setor financeiro atingiu os bancos, com os papéis do Royal Bank of Scotland e do HBOS afundando quase 40% Na Ásia, o mercado também apresentou resultados contraditórios, mantendo a tendência à volatilidade. Das quatro principais bolsas orientais, duas delas encerraram as sessões com perdas, casos de Japão e Xangai, e uma não funcionou devido a um feriado.

Segunda-feira negra

Na segunda-feira - em um dia histórico em que a desvalorização excessiva interrompeu as negociações por duas vezes - a Bovespa reduziu o ritmo de queda ao final do pregão.

O Ibovespa fechou em queda de 5,43%, aos 42.100 pontos. De acordo com a Bovespa, é o menor patamar de fechamento desde 5 de março de 2007.

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