Empresa se dividiu em janeiro
A Motorola completou nos primeiros dias de 2011 a separação de suas operações em duas empresas distintas: a Motorola Mobility passou a ser responsável pela divisão móvel da companhia, como a fabricação de celulares e tablets; e a Motorola Solutions se concentra no desenvolvimento de produtos de comunicação para o setor público e corporativo. Segundo o CEO da empresa, Sanjay Jha, explicou na época, a empresa planejava a divisão há mais de dois anos. A nota enviada à imprensa informava que, assim, "a iniciativa deixa a companhia em boa posição para tirar vantagem das oportunidades que a convergência entre mídia, mobilidade, computação e internet poderá proporcionar".
Opinião
Mais juntas do que nunca
Há 15 meses, poucos arriscariam como provável um movimento como o que Google e Motorola anunciaram ontem. Mas a lógica por trás dessa aquisição estava se desenhando de forma bastante clara.
Na sua jogada mais ambiciosa, o Google anunciou ontem a compra da Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões, em um negócio que vai colocá-lo para competir diretamente com a Apple no mercado de smartphones. Se liberada pelas autoridades, a aquisição, será a maior já feita pelo Google que, em 2008, comprou o DoubleClick (de publicidade on-line) por US$ 3,2 bilhões e, dois anos antes, o YouTube, por US$ 1,7 bilhão.
Pelo negócio, o Google paga 63% mais pela ação da Motorola em relação ao preço do papel na sexta-feira passada. Com a aquisição, a empresa se tornará uma fabricante de smartphones, e não somente do sistema operacional, segmento em que hoje é líder. O An droid, o software do Google, tinha 43% do mercado global de smartphones no segundo trimestre de 2011, ante 17% um ano antes.
O confronto direto com a Apple e seu iPhone não é o único interesse da companhia com a Motorola. O Google também garante 17 mil patentes ligadas à tecnologia de celulares (e mais 7 mil a caminho), importante neste momento em que crescem os processos judiciais no setor.
"A aquisição vai aumentar a competição ao aumentar o portfólio de patentes do Google, o que vai nos permitir proteger melhor o Android das ameaças anticompetição de Microsoft, Apple e outras companhias", afirmou Larry Page, presidente-executivo do Google desde abril.
Mas há dúvidas sobre o negócio, pois o Google será responsável por lidar com estoques e fornecedores e comandar fábricas, e não somente produzir software. As investidas anteriores não foram bem-sucedidas: em 2010, ele fechou a loja on-line do Nexus, o primeiro telefone com a marca Google, e também abortou o plano de um laptop próprio, optando por parcerias com empresas como Acer e Samsung.
Page tentou reduzir as preocupações, afirmando que o plano é que as operações da Motorola sejam um negócio separado. A outra dúvida é como vão reagir os demais fabricantes que usam o sistema Android como Sony Ericsson, LG e HTC e concorrem com a Motorola.
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