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E-commerce

Em tempos de crise, o cliente é quem escolhe o preço

Paris - Um site de moda da França deixou que os clientes pagassem o que quisessem por 10 mil artigos durante uma promoção que vigor por quatro dias, da última quinta-feira até ontem. O site, www.brandalley.fr, descreveu a promoção como uma "fórmula antirrecessão". Os resultados da iniciativa devem ser divulgados hoje.

A promoção incluiu roupas, sapatos, bolsas e outros acessórios a um preço-base de 1 euro (US$ 1,34 no câmbio de sexta-feira), deixando os compradores pagar mais se quiserem. Cada cliente poderá comprar no máximo dois itens. "É uma liquidação que vai elevar o poder de compra dos consumidores num momento de crise, elevar nosso perfil, aumentar o tráfego em nosso site e gerar uma repercussão online que é essencial para qualquer empresa que vende online", disse o executivo-chefe da Brandalley, Sven Lung. O site – que revende dezenas de grifes de roupas, dos artigos esportivos da Adidas às lingeries da La Perla – diz que faz parte dos 15 maiores varejistas na Internet na França, com faturamento previsto de 50 milhões de euros este ano.

A promoção vem após iniciativas semelhantes de restaurantes em Londres e Sydney, que procuraram combater o ambiente pessimista gerado pela recessão econômica, deixando, por períodos limitados, que os clientes, depois de fazerem uma refeição, decidissem quanto achavam que ela valera. A esperança era que as pessoas gostassem da experiência e retornassem aos restaurantes depois de os cardápios terem voltado a apresentar preços.

Lung disse que a estratégia da Brandalley é semelhante, visando atrair clientes novos que normalmente também comprariam produtos a preços habituais. Ele admitiu que comprar bens na Internet é impessoal, comparado a ir a um restaurante, e que pode ser mais fácil para os clientes online pagarem o preço de base e nada mais. "É um risco", disse ele na semana passada. "Não vou me iludir. É verdade que as pessoas que estão diante de suas telas permanecem anônimas e vão querer fazer um bom negócio. Mas tenho esperanças de que seja um sucesso", afirmou. Lung crê, no entanto, que com o tempo os novos clientes conquistados compensarão pelos possíveis prejuízos.

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