A busca por trabalho não para de crescer em todo o país. Em apenas um ano, 1,8 milhão de pessoas engrossaram a fila por uma vaga, e o número de desempregados chegou a 8,6 milhões no trimestre até julho deste ano, um número nunca antes visto na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, iniciada em 2012. Com isso, a taxa de desocupação saltou a 8,6% no período, também o maior da série, segundo o IBGE.
A perda da carteira assinada tem sido o principal combustível para o aumento do contingente de desempregados em todo o país. Em um ano até julho, o Brasil perdeu 927 mil postos formais, uma estatística preocupante segundo o IBGE. “Isso significa perder plano de saúde, FGTS, garantia de seguro-desemprego. Tudo isso se traduz em perda de estabilidade”, explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
O quadro só não é pior porque, para não ficarem sem nenhuma renda, muitas pessoas permanecem em atividade por conta própria, como consultores ou vendedores ambulantes. O grau de informalidade é elevado. “O aumento de conta própria não é favorável”, notou o coordenador.
Na direção contrária, a oferta de vagas é cada vez menor, insuficiente para acomodar a mão de obra disponível. Em um ano até julho, foram criados 255 mil postos, um dos piores resultados da história da Pnad Contínua.
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