A Embaixada da Itália em Brasília fechou acordo há um mês para tornar sua sede o principal laboratório de energias renováveis do País. Com projetos de geração solar e eólica, o prédio vai fornecer informações sobre autoprodução de eletricidade, que deve ganhar impulso em 2013, após ser regulamentada recentemente pela Agência Nacional de Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Com 605 painéis fotovoltaicos já instalados no telhado, o edifício da embaixada recebeu a primeira microusina eólica há cerca de três semanas e já encomendou outras quatro para os próximo meses. Os dados sobre a energia produzida nos dois tipos de equipamentos serão tornados públicos por meio de uma rede internacional chamada GeseNet (sigla para Green Embassy Smart Energy Network).
O acordo, que por enquanto ainda é um protocolo de intenções, prevê que os dados sejam usados como fonte de estudo por alunos da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Politécnica de Turim (Polito), na Itália, e até mesmo por técnicos da Companhia Energética de Brasília (CEB), principal distribuidora da capital do País.
"A ideia é que seja algo que fique disponível a todos os interessados, apenas com um cadastro. Serão fornecidas as medições de geração solar e eólica, oferecendo informações para universidades de todo o mundo. Além disso, outros empreendimentos serão incentivados a também tornar disponível suas medições", explica Rafael Shayani, professor de Engenharia Elétrica da UnB.
Há oito meses, dois alunos de Shayani já têm feito trabalhos com base na geração de energia solar do prédio. Segundo ele, até 15 estudantes da UnB devem se envolver nos projetos da embaixada neste ano - além dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia de Energia, alunos de Engenharia Ambiental vão estudar o sistema de reutilização de 100% da água do prédio.
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