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A fabricante de aeronaves Embraer, com sede em São José dos Campos (SP), confirmou nesta segunda-feira (23) a assinatura de um acordo com o governo equatoriano para a venda de 24 aeronaves Super Tucano para a Força Aérea do país. O contrato havia sido inicialmente feito no ano passado e a entrega dos aviões deve começar a ser feita ainda em 2009.

De acordo com a companhia, com as vendas para o Equador, 169 aeronaves do modelo Super Tucano já foram vendidas. Segundo a empresa, esses aviões já são usadas pela Força Aérea de países latino-americanos como Colômbia, Chile e República Dominicana, além do Brasil.

Equador x BNDES

A empresa não revelou o valor ou a forma de financiamento do negócio. Entretanto, no ano passado, informações circulavam que o contrato poderia superar US$ 200 milhões, com apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A assessoria de imprensa do BNDES informou nesta segunda-feira ao G1 que os entendimentos para financiar a compra das aeronaves para o Equador não foram adiante – o país teria decidido buscar crédito com outra fonte ou adquirir as aeronaves com recursos orçamentários.

No fim de 2008, o banco de fomento enfrentou problemas para receber uma dívida do Equador para a construção da usina hidrelétrica de São Francisco, a cargo da Odebrecht.

Depois de muita negociação, que incluiu até um incidente diplomático com o país – o Ministério das Relações Exteriores chegou a convocar o embaixador no Equador para uma reunião em Brasília para debater o caso –, o governo Rafael Correa fez o pagamento de US$ 286,8 milhões no início de janeiro.

Demissões

O negócio vem menos de uma semana depois de o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, com sede em Campinas, ter deferido as 4,2 mil demissões que a empresa fez em fevereiro, determinando o pagamento de uma indenização extra de até R$ 7 mil para cada funcionário dispensado.

No fim de semana, integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região disseram que a Embraer, que em fevereiro anunciou a demissão de 4,2 mil funcionários, teria pago bônus de R$ 50 milhões a um grupo de 12 diretores da empresa. Em nota, a Embraer diz que a informação é "absolutamente inverídica".

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