A Embraer quer definir o fornecedor potencial para o novo motor da próxima geração de seus E-Jets no próximo ano, uma etapa importante no plano de remotorização de sua família de jatos regionais de 70 a 122 assentos.

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"(O ano de) 2012 será de definição para estas questões, determinar um parceiro para desenvolver o novo motor, discutir as necessidades com clientes e então apresentar o plano ao Conselho", disse o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, durante almoço de fim de ano com a imprensa nesta terça-feira.

A decisão da Embraer de colocar um novo motor em seus E-Jets, desistindo de partir para o desenvolvimento de uma aeronave maior, ocorreu depois que as gigantes Airbus e Boeing anunciaram mais cedo este ano que iriam remotorizar seus modelos mais vendidos, o A320 e o 737.

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A fabricante brasileira entendeu que não haveria espaço para um novo concorrente no mercado de aviões para levar ao redor de 150 passageiros, devido ao domínio de Airbus e Boeing. "(Remotorizar os E-Jets) é uma decisão que potencializa nossa longevidade", disse Curado.

A Embraer já está conversando com clientes a respeito da nova geração dos E-Jets, que receberão novas asas e trem de pouso, além de possivelmente novos sistemas de pressurização e aviônica, entre outros, disse o vice-presidente de Novos Negócios na Aviação Comercial da Embraer, Luis Carlos Affonso.

Mais engenheiros

A Embraer pretende contratar cerca de 200 engenheiros em 2012, disse Curado.

Apesar de antever dificuldades no cenário internacional à frente, o presidente-executivo da Embraer avalia que o Brasil e a empresa estão agora tão bem ou melhores preparados do que estavam para enfrentar a crise global de 2008, que teve origem no sistema financeiro.

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"Nossa postura é de continuar investindo", disse Curado, que prevê investimentos em 2012 superiores aos 450 milhões de dólares deste ano.

Atualmente, a Embraer tem cerca de 3.500 profissionais trabalhando no desenvolvimento de produtos, sendo 2.500 engenheiros e ao redor de 1 mil com outra especialização.

Os novos engenheiros serão alocados em projetos como o do cargueiro KC-390, na área de Defesa.

Além disso, a equipe de Novos Negócios na Aviação Comercial, atualmente com cerca de 50 engenheiros, deverá ao menos triplicar em 2012, segundo o vice-presidente Affonso.

O total de empregados da companhia no Brasil e exterior era de 17,2 mil no final de setembro.

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O número de colaboradores da fabricante se situa na faixa de 17 mil desde 2009. Naquele ano, o quadro caiu de 23,5 mil para 16,9 mil, devido ao corte de pessoal diante da crise global que teve origem no setor financeiro.

Receita cumprida

A Embraer deve cumprir a meta para 2011 de receita de 5,6 bilhões a 5,7 bilhões de dólares, alta ao redor de 5 por cento sobre 2010, disse Curado.

O executivo afirmou ainda que a empresa vai fechar o ano com mais novas encomendas do que entregas na aviação comercial, elevando sua carteira de pedidos (backlog) nesse segmento.