Um dos aviões mais recentes da Embraer, o E190-E2.| Foto: EMBRAER/DIVULGAÇÃO

A Embraer encerrou o terceiro trimestre de 2018 com um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 83,8 milhões, revertendo o ganho de R$ 331,9 milhões registrado no mesmo período de 2017. Os números do terceiro trimestre do ano passado foram reapresentados em função das novas regras contábeis (IFRS 15 e IFRS 9).

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Já no critério ajustado, excluindo o imposto de renda e a contribuição social diferidos no período, a Embraer contabilizou prejuízo líquido de R$ 119,3 milhões entre julho e setembro, ante o resultado positivo em R$ 188,9 milhões anotado em igual intervalo do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) totalizou R$ 412,2 milhões no terceiro trimestre de 2018, 0,1% maior que os R$ 411,7 milhões registrados um ano antes. A margem Ebitda, por sua vez, ficou em 9,0%, um recuo de 1 ponto porcentual (p.p.) frente ao terceiro trimestre de 2017.

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Já o Ebitda ajustado atingiu R$ 412,2 milhões, 2,6% abaixo dos R$ 423,1 milhões verificados entre julho e setembro de 2017. A margem Ebitda ajustada ficou em 9,0%, ante margem de 10,3% na mesma comparação.

A receita líquida cresceu 11,3% entre os períodos, passando de R$ 4,116 bilhões no terceiro trimestre de 2017 para R$ 4,581 bilhões no mesmo intervalo de 2018.

Em release de resultados, a Embraer informa que o Ebit e Ebitda do trimestre não contam com qualquer item especial, e lembra que, no terceiro trimestre de 2017, os indicadores haviam sofrido impacto negativo da despesa de R$ 11,4 milhões referente aos impostos sobre as remessas executadas para pagamentos no exterior, após a finalização da investigação do Ato de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA, na sigla em inglês).

No terceiro trimestre, a Embraer entregou 15 jatos comerciais e 24 executivos (17 leves e sete grandes), comparado aos 25 jatos comerciais e 20 executivos (13 leves e sete grandes) do mesmo período de 2017. A previsão de entregas totais para o ano de 2018, de 85 a 95 jatos comerciais e de 105 a 125 jatos executivos (70 a 80 jatos leves e 35 a 45 jatos grandes), está mantidas. A Embraer espera que as entregas de aviões no último trimestre “aumentem significativamente”.

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Boeing

Em relação à Boeing, a quem a Embraer deseja vender a divisão de aviões comerciais, o release informa que ambas “continuam a negociar os documentos finais da transação“, mas que “não há garantia quanto à conclusão dos documentos finais ou a consumação da transação, ou o tempo ou termos destes”.

Na segunda (29), o general da reserva do Exército Augusto Heleno, cotado para ser ministro da Defesa no governo de Jair Bolsonaro, disse à Reuters que a assinatura do negócio pode sair ainda em 2018, mas que a equipe de transição quer conhecer os detalhes. “Tem que ver os termos desse acordo, o acordo tem que ser favorável, tem que ser alguma coisa que seja vantajosa para o país”, disse.

Em julho, Boeing e Embraer assinaram um memorando de entendimento em que a Boeing se propôs a pagar US$ 3,8 milhões à Embraer para ter 80% da nova empresa derivada das operações e serviços de aviação comercial da companhia brasileira, que ficaria com 20% da joint venture.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]