O presidente da Embratel, José Formoso Martínez, disse nesta segunda que uma eventual parceria do governo com as empresas de telefonia pode acelerar o processo de expansão da banda larga no Brasil. O executivo e outros representantes das teles estiveram com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, para acompanhar o andamento da proposta de criação de um Plano Nacional de Banda Larga, entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 24 de novembro.
A proposta de Costa, apresentada em paralelo a uma proposta que está sendo elaborada por um grupo técnico do governo, estabelece uma meta de chegar a 2014 com 90 milhões de acessos à internet em alta velocidade. Todo o programa sugerido pelo ministro, em parceria com as empresas de telefonia, prevê investimentos de R$ 75,5 bilhões, sendo R$ 49 bilhões do setor privado e R$ 26,5 bilhões do governo, na forma de desoneração tributária e utilização de recursos de fundos setoriais.
Na reunião de novembro, Lula pediu ao grupo técnico mais estudos sobre a viabilidade de se criar uma empresa estatal de banda larga para atuar na transmissão de dados e também no atendimento ao cliente final. Uma nova reunião deverá acontecer na próxima semana. Formoso disse que as empresas já vêm investindo no setor nos últimos anos e que o plano de banda larga pode incrementar esses investimentos. O presidente da Embratel lembrou que o mercado brasileiro de banda larga teve um crescimento importante nos últimos três anos, chegando a 21 milhões de acessos em outubro de 2009. "Esse plano é para que cresça ainda mais", afirmou.
O executivo da Embratel disse que não teme a concorrência de uma eventual empresa pública de banda larga. "Já temos muitos concorrentes. A concorrência é boa, melhora os preços." Segundo ele, a preocupação das empresas é que sejam criadas condições econômicas para que os serviços cheguem a todos os segmentos da população. Os demais executivos que participaram do encontro saíram sem falar com a imprensa.
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