As emissões no mercado brasileiro de capitais movimentaram R$ 238,2 bilhões em operações de renda fixa e variável em 2010, o que representa um crescimento de 115,2% em relação ao ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

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O desempenho foi puxado pela megaoferta de ações da Petrobras, que movimentou R$ 120,2 bilhões. No total, as operações de renda variável atingiram R$ 150,3 bilhões, alta de 218,9% ante 2009, com R$ 11,9 bilhões em ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) e R$ 138,4 bilhões em captações de empresas já listadas em bolsa (follow on).

Até novembro, os investidores institucionais, como fundos de investimento e de pensão, registraram participação de 78,7% nas ofertas, à frente do estrangeiro, que tradicionalmente é o principal investidor nesse tipo de operação, com 16,9%, e das pessoas físicas, que entraram com 4,4% do volume captado entre janeiro e novembro, segundo a Anbima.

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No mercado de renda fixa, as operações somaram R$ 87,9 bilhões, dos quais 56% corresponderam a emissões de debêntures. "A utilização de títulos de prazos mais longos, comprovada pelo aumento das ofertas de debêntures, também tende a se reforçar nos próximos anos, incentivada pelas medidas de estímulo divulgadas recentemente pelo governo", diz a Anbima.

As captações realizadas por empresas brasileiras no exterior atingiram US$ 53,7 bilhões em recursos, 75% dos quais em títulos de renda fixa. Para a associação, a regulamentação das ofertas públicas de letras financeiras e os incentivos tributários podem contribuir para o redirecionamento destas captações para o mercado doméstico. No início de 2011, 13 novas ofertas já se encontram em análise, o que sinaliza a disposição das empresas em ampliar as captações de recursos no mercado local, segundo a Anbima.