Cristina Fischer, gerente de expansão: número de interessados em abrir franquia no exterior disparou.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A recessão prolongada e o caos político, que fazem muita gente alimentar o sonho de morar fora do país, estão mexendo com o plano de negócios 10 Pastéis. A rede paranaense está tocando um projeto de internacionalização para atender à crescente demanda de empreendedores brasileiros que desejam abrir uma franquia no exterior.

CARREGANDO :)

“Normalmente recebíamos, por ano, uma média de quatro pessoas interessadas em levar a marca para fora do país. No ano passado, foram dez interessados por mês. São brasileiros que pretendem morar fora”, conta Cristina Fischer, gerente do departamento de expansão da 10 Pastéis.

Publicidade

Mas o projeto, desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), não é para já. “Estamos organizando tudo, estudando a legislação internacional. Inicialmente, é um projeto para daqui a dois anos, mas a meta é bem aberta. Dependendo da política, da economia, de como vai seguir o mercado, poderemos antecipar para 2017”, explica a executiva.

Modelo mais enxuto

A 10 Pastéis alcançou a marca de 50 lojas em março, três meses depois do planejado. Culpa da insegurança causada pela crise. Cristina explica que, embora o número de interessados em uma franquia tenha triplicado no ano passado, a taxa de conversão – que indica quantos candidatos de fato se tornaram franqueados – caiu 30% em relação a 2014.

Para se adaptar ao cenário mais difícil, a 10 Pastéis criou um modelo “express”. Antes focada em lojas, a rede agora oferece também o formato de quiosque. Nele, o investimento inicial cai para algo entre R$ 120 mil e R$ 150 mil. No sistema convencional, o valor varia de R$ 200 mil a R$ 300 mil.

“Assim podemos atender investidores com menos recursos, e há flexibilidade para colocar pontos de venda em lugares menores”, diz Cristina.

VERBA DA RESCISÃO

O aumento do interesse por franquias da 10 Pastéis se deve, em parte, às demissões de gerentes e diretores de empresas. Gente que, pelo tempo de casa e o salário mais alto, recebe verbas rescisórias maiores que os trabalhadores que não ocupam cargos de gestão.

Publicidade