A recessão prolongada e o caos político, que fazem muita gente alimentar o sonho de morar fora do país, estão mexendo com o plano de negócios 10 Pastéis. A rede paranaense está tocando um projeto de internacionalização para atender à crescente demanda de empreendedores brasileiros que desejam abrir uma franquia no exterior.
“Normalmente recebíamos, por ano, uma média de quatro pessoas interessadas em levar a marca para fora do país. No ano passado, foram dez interessados por mês. São brasileiros que pretendem morar fora”, conta Cristina Fischer, gerente do departamento de expansão da 10 Pastéis.
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Mas o projeto, desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira de Franchising (ABF), não é para já. “Estamos organizando tudo, estudando a legislação internacional. Inicialmente, é um projeto para daqui a dois anos, mas a meta é bem aberta. Dependendo da política, da economia, de como vai seguir o mercado, poderemos antecipar para 2017”, explica a executiva.
Modelo mais enxuto
A 10 Pastéis alcançou a marca de 50 lojas em março, três meses depois do planejado. Culpa da insegurança causada pela crise. Cristina explica que, embora o número de interessados em uma franquia tenha triplicado no ano passado, a taxa de conversão – que indica quantos candidatos de fato se tornaram franqueados – caiu 30% em relação a 2014.
Para se adaptar ao cenário mais difícil, a 10 Pastéis criou um modelo “express”. Antes focada em lojas, a rede agora oferece também o formato de quiosque. Nele, o investimento inicial cai para algo entre R$ 120 mil e R$ 150 mil. No sistema convencional, o valor varia de R$ 200 mil a R$ 300 mil.
“Assim podemos atender investidores com menos recursos, e há flexibilidade para colocar pontos de venda em lugares menores”, diz Cristina.
VERBA DA RESCISÃO
O aumento do interesse por franquias da 10 Pastéis se deve, em parte, às demissões de gerentes e diretores de empresas. Gente que, pelo tempo de casa e o salário mais alto, recebe verbas rescisórias maiores que os trabalhadores que não ocupam cargos de gestão.
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