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Aos 27 anos, jovem seguiu conselho dos clientes e hoje fatura alto com franquias

Até maio de 2018, novas unidades devem abrir em Joinville, Londrina e até no Distrito Federal, unindo-se às quatro unidades atuais, em Brusque, Blumenau, Gaspar e Piçarras. | Divulgação/
Até maio de 2018, novas unidades devem abrir em Joinville, Londrina e até no Distrito Federal, unindo-se às quatro unidades atuais, em Brusque, Blumenau, Gaspar e Piçarras. (Foto: Divulgação/)

É comum que histórias bem sucedidas de pequenos negócios sejam associadas a qualidades como o espírito visionário ou corajoso do empresário, ou a novidades técnicas importadas de algum manual. Mas muitas vezes a ideia que muda os rumos de um empreendimento pode estar entrando pela porta da empresa todos os dias.

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Foi o que aconteceu no caso da Petite Amie, rede de cafeterias criada em Brusque, Santa Catarina, há pouco mais de dois anos. Apesar de possuir, sim, as qualidades mais “tradicionais” que se esperam de um empresário, a proprietária, Bárbara Pavesi Alvaides, 27 anos, fez seu empreendimento crescer rapidamente e faturar cerca de R$ 400 mil por mês a partir do que ouviu de seus clientes.

Quando finalmente abriu seu café gourmet depois de um período vendendo brigadeiros por conta própria, Bárbara diz que já estava satisfeita. “Mas muitos clientes falavam tanto para mim sobre franquia que resolvi ir atrás”, conta.

As sugestões não eram por acaso. A empresária conta que a loja tinha tanto jeito para essa modalidade que alguns clientes achavam que ela própria era franqueada. Outros, diz ela, perguntavam se ela não tinha interesse em abrir franquias.

Diante de tanta “insistência”, decidiu ousar: “Com um ano de loja fui pesquisar como poderia fazer isso”, diz. Por conta própria, foi atrás de informações sobre como montar sua própria rede de franquias a partir da marca.

Ela diz que as soluções eram muitas e passavam tanto por um processo independente – mais barato e trabalhoso –, seguindo instruções como as oferecidas pelo Sebrae, quanto por meio de empresas de consultoria, que fazem boa parte do trabalho mas podem cobrar caro por isso.

Como queria um resultado mais rápido, optou pela consultoria externa. “Eles vão na loja, analisam a viabilidade, fazem levantamentos, estudos de mercado, montam manuais, entre outras coisas. Eles cobram, mas foi uma atitude de fé que tive”, avalia, revelando que o custo disso girou em torno de R$ 40 mil.

Caminho sem volta

Depois de fazer as adequações necessárias – facilitadas pelo fato de a loja já ter características comuns à franquias –, a Petite Amie se abriu aos interessados, há pouco mais de um ano. As respostas vieram rapidamente: “Na semana que abrimos já tinha gente interessada. Em três meses já tinha vendido três franquias”, lembra. Nada mal para quem começou com um investimento relativamente baixo, de aproximadamente R$ 80 mil.

Com a resposta quase imediata, a rede ganhou ânimo para ampliar a oferta de produtos e serviços e também estabelecer metas mais ousadas. Até maio de 2018, novas unidades devem abrir em Joinville, Londrina e até no Distrito Federal, unindo-se às quatro unidades atuais, em Brusque, Blumenau, Gaspar e Piçarras. A empresária pretende vender mais 10 unidades.

Padronização

Não fica por aí: para padronizar os produtos – um dos maiores desafios das redes de franquias –, a empresária montou uma fábrica para produzir os mais de 160 produtos oferecidos na rede. “Assim, conseguimos padronizar o sabor, o cardápio e ainda ajudar o franqueado a lucrar mais”, explica.

Sobre o lucro, a empresária afirma que tende a ser maior na área de alimentação: entre 20% e 30%. “Assim, se uma loja fatura R$ 70 mil, com todas as despesas fixas bem alinhadas, é possível conquistar um lucro de até R$ 20 mil por mês”, completa.

Guloseimas fotogênicas

A marca de Bárbara não estava pronta apenas para ter franquias. Os produtos, criados por ela própria, também vêm prontos para serem divulgados nas redes sociais – característica em que ela também investiu a partir do que viu no comportamento dos clientes.

Servidas no que chama de mono-porções, as tortas e doces são atraentes de se fotografar e, consequentemente, perfeitas para compartilhar nas redes sociais. “Tudo foi idealizado para agradar no paladar e também no visual. Os clientes adoram e vimos que dava mesmo retorno. Aí passamos a investir mais ainda nisso”, revela.

Orientações

Empreendedores que querem transformar seus negócios em franquias ou que pretendem se tornar franqueados podem procurar orientação no Sebrae antes de definir os primeiros passos. O site da instituição tem uma vasta quantidade de informações a respeito do assunto, incluindo um passo-a-passo para a formatação desse tipo de negócio e até uma cartilha “Como tornar sua empresa uma franquia” com informações que vão desde a avaliação de franqueabilidade até o lançamento no mercado, sem esquecer da legislação vigente.

Informações Franquia Petite Amie:

Taxa de Franquia: R$ 30 mil para cidades abaixo de 100 mil habitantes; R$ 50 mil para cidades acima de 100 mil habitantes

Custo de Implantação: Entre R$ 90 mil a R$ 200 mil (dependendo da área do local e necessidade de reforma). Valor estimado, sujeito a variações.

Taxa de royalties: 5% fixo do faturamento bruto

Fundo de promoção: 1% fixo do faturamento bruto. Retorno em torno de 18 a 26 meses, dependendo de cada região.

Faturamento médio anual: de R$ 900 mil (R$ 75 mil por mês).

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