A empresa curitibana Lilibox chegou ao mercado neste mês prometendo revolucionar o sistema de vendas de produtos por revendedoras. A premissa do negócio pode ser resumida no apelido da startup, já conhecida como o “Uber dos cosméticos”: o cliente faz o pedido por meio de um aplicativo e o revendedor cadastrado mais próximo, que tiver o produto à pronta entrega, faz a venda.
Sem estoque e sem contato direto com produtos ou fabricantes, a empresa trabalhará como intermediária das cinco maiores marcas de cosméticos que atuam nesse segmento: Natura, O Boticário, Avon, Mary Kay e Eudora. Por enquanto, o aplicativo pode ser baixado apenas para celulares com Android.
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A expectativa da startup é contabilizar 800 pedidos em outubro e elevar esse número para 4 mil em novembro e 6 mil em dezembro. Até o final de 2017, a meta é registrar 1 milhão de pedidos, com 130 mil revendedores cadastrados em 12 cidades – dentre elas Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte.
Em Curitiba, até o final do ano que vem, a intenção é alcançar 7% dos 15 mil revendedores da cidade, segundo estimativa da empresa. Na cidade de São Paulo, o lançamento do aplicativo está marcado para dia 16 de novembro e o objetivo é cadastrar 9 mil revendedores no primeiro mês. Conforme os cálculos da startup, o negócio se sustenta com apenas 3% dos revendedores da cidade cadastrados no aplicativo.
Apesar do cenário econômico não tão favorável, Rafael Luciano, CEO e sócio da Lilibox ao lado de Gulherme Pallaoro, está otimista com a ideia inédita. “Começamos o trabalho de cadastramento de revendedoras dois meses antes do lançamento do aplicativo e estamos com mil cadastros no Paraná e em São Paulo. Até o final de 2017 planejamos faturar R$ 7 milhões e estamos confiantes que vamos nos consolidar no mercado”, comenta.
Para 2018, a expectativa é de R$ 14 milhões de faturamento, subindo para R$ 22 milhões em 2019, com atuação em 127 cidades brasileiras.
Ampliação
Apesar de iniciar as atividades com cosméticos, a Lilibox tem a intenção de expandir para outros tipos de produtos.
“Vamos nos consolidar com essas fabricantes porque são produtos que o cliente já conhece, é o que a gente chama de recompra. Mas a intenção é abrir para outras marcas, como Racco, e para outros produtos, como lingeries, jóias, tapeware – que ainda são vendidos por revendedores – e até produtos da Herbalife”, afirma o CEO.
Além disso, o projeto da empresa é se consolidar no mercado brasileiro para, em 2018, expandir para Argentina, Chile e Peru.
Vantagens
Segundo Luciano, esse sistema de vendas pela internet é vantajoso para clientes e trabalhadores. “O cliente quer agilidade na entrega. Queremos cortar o tempo de espera que ocorria quando se tinha uma revendedora conhecida e ela não possuia o produto para entregar”, relata, sobre o propósito de pronta entrega do sistema.
A ideia é que o revendedor mais próximo, e com o produto em mãos, faça a entrega no horário e local agendado pelo cliente. Se não tiver o produto na hora, o revendedor tem a opção de fazer uma contraproposta – de dia e horário entrega –, ficando a decisão para o cliente. Os consumidores também receberão notificações por meio do aplicativo, alertando para ofertas e novos produtos.
Já para os revendedores, defende a Lilibox, a intermediação dribla a necessidade de uma carteira fixa de clientes. “20% das revendedoras são mais agressivas e vão atrás de clientes. As outras têm receio, dificuldade, vergonha, sendo a Lilibox uma maneira de ampliar o número de vendas, sem a necessidade de conhecer os clientes”, reforça o CEO da startup.
A comissão para o aplicativo começa em 6% do valor total da compra. Revendedores interessados podem se cadastrar no site da empresa.