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Empreendedorismo

Como juntar R$ 8 mil e fazer R$ 1,5 milhão

Lucas Vicari Boroske e Jean Franklin Simsen: empreendedores começaram cedo e a partir de objetos usados | Henry Milléo/ Gazeta do Povo
Lucas Vicari Boroske e Jean Franklin Simsen: empreendedores começaram cedo e a partir de objetos usados (Foto: Henry Milléo/ Gazeta do Povo)

Dois amigos, de 18 e 20 anos de idade, que rasparam suas economias e juntaram R$ 8 mil para começar uma loja virtual. Esse foi o investimento inicial da Estrela 10, e-commerce com sede em Marechal Cândido Rondon que depois de cinco anos fatura R$ 1,5 milhão por mês. Jean Franklin Simsen e Lucas Vicari Boroske não fizeram nenhum milagre para conquistar essa multiplicação: se valeram da sua idade e estratégia para crescer em um mercado bastante competitivo.

Lucas sempre gostou de varejo e descobriu sua paixão pelo comércio virtual aos 15 anos, quando fez a sua primeira compra pela internet. Jean também trouxe de casa o gosto pelo varejo – trabalhou durante um tempo com o pai, em uma loja de móveis planejados –, além de ter um talento especial com a programação.

Aos 15 anos, Lucas plantou a semente da Estrela 10, vendendo tênis aos amigos por canais de market place (lojas virtuais de usados). A logística era a seguinte: comprava de um amigo de São Paulo e revendia pela internet. "Era chamado de muambeiro, mas foi ali que começou a surgir nossa empresa", lembra.

Quando completou 18 anos, Lucas foi para os Estados Unidos, onde trabalhou durante um ano. Assim que voltasse, os dois abririam sua empresa. Dito e feito. Aos 18 e 20 anos, respectivamente, Jean e Lucas saíram do aeroporto quase que imediatamente para um escritório de contabilidade.

Estoque no banheiro

Foi no quarto de visitas que os dois amigos começaram, usando o banheiro do quarto como estoque para os produtos. Seis meses depois, bateram o faturamento de R$ 50 mil. Era hora de sair de casa. Alugaram um escritório no centro de Rondon, em um prédio comercial, época em que contrataram o primeiro funcionário.

O crescimento incomodou. Não os concorrentes, mas os vizinhos do prédio, que disputavam o elevador com o sobe e desce de produtos que iam e vinham. Dois anos depois de chegar, já com três andares do prédio para a empresa – dois deles para o estoque –, os piás foram "expulsos". "Nos mudamos então para um lugar maior, no centro da cidade mesmo, além de abrir um centro de distribuição em Curitiba para facilitar a operação", conta.

Hoje a Estrela 10 fatura em torno de R$ 1,5 milhão por mês. Como lidar com esse resultado sendo tão jovens? Isso não é mais um problema. "A idade foi um grande empecilho para nós no início, muitos nos disseram que iríamos fechar nos primeiros meses. Quando começamos a crescer, viram que não estávamos de brincadeira e a nossa idade se tornou uma vantagem: mostrou que tínhamos garra. Passamos de um cenário de dúvidas sobre nós a um outro, de credibilidade", ressalta Lucas.

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