Com o foco na produção de quimonos de alta durabilidade com preço acessível, a curitibana Kimonos Yama investiu R$ 1 milhão em uma nova fábrica para ampliar a produção e a presença no mercado nacional.
O investimento dobrou a capacidade instalada, que passou de 300 peças por dia no antigo endereço para 600 peças na nova unidade, no bairro Capão Raso. E a empresa já calcula que uma nova ampliação terá de ser feita para atender à crescente demanda do mercado.
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A indústria faz cerca de 400 quimonos por dia e vende em torno de 5 mil unidades por mês. Do total de peças, 95% são para atender o mercado local. O restante vai para países como Austrália, Estados Unidos e Japão. “Somos líderes de mercado no Paraná e vemos muito espaço para crescer no país ainda”, diz Daniel Laurindo, proprietário da marca.
A ideia de criar uma fábrica de quimonos – roupa usada na prática de artes marciais como judô e jiu-jitsu – surgiu quando Laurindo percebeu que o material existente no mercado era muito caro. Professor de educação física, ele dava aulas de judô e notou a dificuldade que os alunos tinham de encontrar um produto de qualidade com preço acessível.
Com ajuda da mãe, ele começou a fabricar as peças em casa, por conta própria. “Eu desenvolvia os moldes e cortava o tecido e minha mãe costurava”, conta, ao lembrar como era o processo no início da década de 1990, quando a empresa começou informalmente. “Passamos a oferecer um quimono com um terço do preço do importado”, diz.
Os produtos caíram no gosto dos alunos e a empresa cresceu. A partir de 2005, começou a exportar, o que garantiu credibilidade à marca. “Apesar de exportamos esporadicamente, é importante dizer que nosso produto é testado e comprovado por países como o Japão e os Estados Unidos.”
Parcerias
Para ampliar a presença de mercado, a empresa faz parceria com federações, atletas, escolas e professores. A maioria dos clientes conhece o produto por meio de um professor que indica a loja. “O boca a boca é o nosso maior canal de venda.”
Além disso, a Yama conta com representantes comerciais em todo o país e tem uma loja própria em Curitiba, no bairro Capão Raso. Também tem parceria com a Federação Paranaense de Judô, a Federação Paranaense de Karatê Tradicional e com a ATA Brasil de Taekwondo, e apoia quatro atletas do Paraná.
Segundo Laurindo, a nova fábrica foi projetada para fabricar 600 quimonos por dia – número que não será suficiente para atender à demanda no curto prazo. “Já estamos pensando em ampliar as instalações no próprio terreno.”
Se demanda não falta, o maior desafio da empresa é encontrar mão de obra. Como os quimonos devem seguir um padrão internacional de medidas e durabilidade, as costureiras precisam passar por um treinamento de um mês para aprender a confeccionar as peças.
“Tentamos reter mão de obra, porque demora muito para alguém aprender o serviço. Nesse ponto, a crise nos ajudou”, diz o empresário. A Kimonos Yama tem 40 funcionários, a maioria costureiras.
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