Born e Kamfonas: salão de beleza em contêiner Pocket Beauty já tem 115 interessados pelo país| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Buscar novos formatos para um negócio tradicional pode ajudar a reduzir custos e, ao mesmo tempo, ser um chamariz para os consumidores. Uma das soluções mais recentes encontradas pelo empresariado é o contêiner, um equipamento normalmente descartado após um tempo mas que ganhou novas utilidades.

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O contêiner vem sendo transfomado em lojas de todos os tipos, hotéis, escritórios e até salões de beleza. Esse é o caso da franquia Pocket Beauty, criada pelos sócios Juliana Jabs, Diosenei Born e Marcel Kamfonas. Eles abriram a primeira unidade na Avenida Silva Jardim, no bairro Água Verde, e dizem já ter propostas para levar a ideia para outros cantos do país. O projeto surgiu a partir da intenção de montar um conceito diferente de salão de beleza para apresentar na Beauty Fair, uma das maiores feiras do segmento no mundo.

Kamfonas conta que o projeto, que já recebeu investimento na casa de R$ 1 milhão, além de agregar conceitos de sustentabilidade, como o próprio reuso da estrutura do contêiner, reduziu custos e economizou tempo. "O projeto leva de 30 a 60 dias para sair do papel, a um custo 30% menor que um salão construído tradicionalmente", explica.

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Para os interessados em abrir uma loja da franquia, a empresa trabalha com opções de até três contêineres – cada um deles tem 30 metros quadrados. O investimento inicial varia de R$ 199 mil a R$ 399 mil, a depender do tamanho do salão. "Há 115 interessados em todas as regiões, especialmente no interior de São Paulo e nos estados do Nordeste", salienta Kamfonas. A capital paranaense deve ter mais três unidades do salão em contêiner até o primeiro semestre do ano que vem.

Novo formato

Investir em novos formatos para a empresa é um chamariz para os clientes, avalia Paulo Tadeu Graciano, consultor do Sebrae-PR. Entretanto, a novidade deve vir acompanhada de um bom atendimento e preço compatível com o que o mercado cobra. "Um cuidado que o empresário deve ter é que não é só uma fachada bonita que vai garantir a presença do público, mas o atendimento deve ser condizente com aquela estrutura", avalia.

De início o cliente pode ser atraído por um formato novo, para experimentar, mas só vai se tornar fiel à marca se o projeto agregar mais do que apenas um espaço bonito. "O empresário deve, cada vez mais, buscar soluções inovadoras para se destacar no mercado. Um projeto inusitado, com uma boa comunicação visual, vai atrair o cliente, mas é o atendimento que faz ele voltar", opina Gustavo Fanaya, economista do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).

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