A febre das paletas não passou para a Paleteca. A marca de picolés mexicanos com sede em Curitiba aposta no calor esperado para o verão de 2015/2016 e nas estratégias de vendas para alcançar um faturamento de R$ 30 milhões até o fim deste ano, com perspectiva de crescimento de 10% a 20% em 2016.
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Para ampliar os lucros e atender à demanda, a empresa investiu R$ 7 milhões na elevação da capacidade de produção, que saltou de 800 mil para 1,8 milhão de unidades. Com isso, a fabricante poderá produzir até 1.600 delas em 20 minutos. Já a câmara fria tem espaço para armazenar até 1,5 milhão de doces.
O que justifica o otimismo do fundador da marca curitibana, Everson Ceschin, é a maior presença da Paleteca nas regiões Norte e Nordeste, que ocorrerá tanto pela instalação de novos franqueados quanto, principalmente, pela venda de produtos em freezers distribuídos em mercados, panificadoras e lojas de conveniência. Até o fim do ano, eles serão 300, enquanto que os pontos comerciais somarão mais de 90 franquias.
“Nós trabalhamos com números atingíveis. Fizemos um bom estudo sobre o mercado e diminuímos as expectativas em cima do que vínhamos desempenhando. Este é um momento econômico delicado”, pondera Ceschin.
Na pele
Ex-proprietário de uma marca de iogurtes congelados, a Yogumix, o empresário sentiu na pele a ascensão e queda de um modismo. Mas, para ele, as paletas não guardam o mesmo destino.
“O brasileiro nasceu tomando picolé, o que é diferente do iogurte congelado, que ninguém tinha experimentado. Os picolés fazem parte do nosso costume. E as paletas têm como vantagem o apelo mais natural, o que está bastante em alta”, afirma ele, que fundou a Paleteca em 2013 depois de conhecer o produto em uma viagem a Cancún.
Entre as estratégias para fisgar novos clientes estão a criação de uma linha de sorvetes em massa e outra de paletas fit, para os consumidores preocupados com o bem-estar, que terão opções de sabores como o detox. O lançamento ocorrerá em outubro.
A Paleteca possui uma fábrica em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e produz 25 sabores de picolés. Ao todo, são 23 pessoas na linha de produção, sendo que um coordenador e dois auxiliares de qualidade são haitianos.