Pequenos negócios e profissionais autônomos que usam a criatividade para desenvolver produtos e serviços estão organizando ações e grupos na capital paranaense para se fortalecer cada vez mais.
Mapeamento feito pela Agência Curitiba de Desenvolvimento em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação revela que a cidade tem hoje 19.263 empresas formais de economia criativa.
Elas geram 22 mil empregos com carteira assinada, das quais 3,8 mil pessoas trabalham exclusivamente com seus potenciais de inovação. O estudo divulgado neste ano foi elaborado com dados de 2014.
INFOGRÁFICO: Veja um mapeamento da economia criativa no Brasil e em Curitiba
Diferentemente da economia tradicional, o segmento criativo foca em talentos individuais para criar valor, estando fortemente vinculado às características regionais ou locais.
Segundo o mapeamento, são 12 atividades presentes em Curitiba: propaganda, arquitetura, artes e antiguidades, artesanato, design, moda, filme e vídeo, software de lazer, artes performáticas, edição, jogos de computador e televisão e rádio.
Entre os nichos, o que recebe maior atenção da prefeitura é o audiovisual, pois tem mais potencial de desenvolvimento econômico ao alimentar a economia associada a outros segmentos produtivos.
Os demais ainda carecem de políticas de fomento e buscam através de iniciativas próprias ganhar notoriedade. Os casos mais bem sucedidos são os de design e de moda.
Com atuação desde 1999, o Centro Brasil Design (CBD) conecta empresas e designers, o que contribui para que o design ganhe força como atividade econômica. Além disso, promove seminários e workshops de capitação.
São 1.500 empresas cadastradas e mais de 400 escritórios de design que usam os serviços prestados pelo centro.
Na área de moda, a ação mais recente para valorizar a atividade foi a 1.ª Amostra de Moda Autoral de Curitiba realizada no mês passado, que reuniu nove marcas.
O evento recebeu cerca de 3 mil pessoas durante os três dias de desfiles. Os desfiles foram coordenados pelo Instituto de Moda do Paraná (IMOP) que, desde 2014, faz encontros com os mais de 50 proprietários de ateliês presentes na capital para identificar as demandas do setor.
Já o audiovisual conta com um grupo chamado Gemac (Grupo Estratégico do Mercado Audiovisual de Curitiba), que reúne nove entidades públicas e privadas.
O objetivo do grupo é alinhar os projetos que antes estavam dispersos para tornar a cidade referência em produção audiovisual. As ações vão desde a capacitação de pessoas até a busca por investimento.