O Brasil vive um dilema: ao mesmo tempo em que ainda precisa estimular a abertura de novos negócios, necessita que os empreendedores encontrem condições para fazer com que os empreendimentos aproveitem todo o seu potencial e rompam as barreiras dos estágios de micro, pequena e média empresa. Para isso, tão importante quanto o ambiente de negócios é a necessidade dos próprios empresários buscarem qualificação para estarem à frente de suas empresas.

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Esse foi um dos temas de discussão no SAP SME Summit Americas 2013, que aconteceu ontem em São Paulo. Juliano Seabra, diretor geral da Endeavor e participante de um dos debates, citou um dado que exemplifica a falta de escalabilidade dos negócios no país: das cerca de cinco milhões de empresas brasileiras, apenas 30 mil crescem a taxas de 20% sustentados por três anos consecutivos. "O Brasil ainda tem os dois desafios, o de dar suporte para a abertura, para aumentar o estoque de empreendimentos, e também o de fomentar o crescimento das empresas. Não precisa necessariamente crescer em números, mas permitir que se aproveite todo o potencial possível", explica.

O problema não está necessariamente na falta de investimento – isso não é o que mais falta aos empreendedores. Buscar conhecimento e implantar processos para melhorar a gestão do negócio é um caminho para o empresário ver sua empresa crescer, passando de micro para pequena, e assim sucessivamente. Além disso, políticas públicas para diminuir a burocracia são importantes para dar escala às empresas.

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A tecnologia, defende Diego Dzodan, presidente da SAP Southern Latin America, deve ser uma grande aliada para pequenos e médios negócios. "Com um smartphone na mão é possível gerenciar processos dentro da empresa. Os empresários, principalmente os pequenos e médios, devem buscar as ferramentas de gestão mais adequadas ao negócio – é um mito acreditar que só os grandes conseguem investir em tecnologia para a melhoria do empreendimento", pontua.

* O jornalista viajou a convite da SAP.