Não por coincidência, a ideia foi de duas “millenials”, que resolveram transformar uma inquietação em dinheiro| Foto: Pixabay

Trocar o pneu. Fazer baliza. Declarar o imposto de renda. Ser adulto não é fácil. Pior ainda é descobrir que você tem todas essas tarefas. Coisas que ninguém te ensinou como fazer. Foi para resolver este problema que duas empresárias resolveram criar uma "escola para adultos".

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A lista de aulas vai longe. Só o módulo básico de cuidados com o carro inclui aprender a checar o óleo, preencher o fluído do limpador de para-brisa, TROCAR o para-brisa, religar uma bateria descarregada e trocar o pneu. 

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Pode parecer bobo. Mas são coisas que a maioria das pessoas não aprende na escola. Nem na família. O que parecia um problema virou uma oportunidade de negócios para a psicoterapeuta Rachel Weinstein e para a pedagoga Katie Brunelle.

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Elas criaram o "Adulting Collective" (algo como "Coletivo de Adultos"), no ano passado, na cidade do Maine, nos Estados Unidos. Inicialmente, o nome era "Adulting School" (literalmente, "Escola de Adultos"), mas resolveram mudar para evitar preconceitos.

Tudo começou quando Rachel viu o outdoor de uma companhia de seguros, que prometia ensinar "coisas de adulto" sobre o mundo dos seguros para jovens adultos.

Era uma ideia genial, ela pensou. E resolveu transformar isso em negócio. Como não sabia por onde começar, chamou sua amiga Katie, com 13 anos de experiência na área de educação.

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A mensalidade do Adulting Collective custa US$ 19,99 (cerca de R$ 62). Quem pagar o plano semestral ganha desconto de 5%. No anual, de 15%.

A grade completa ainda não está disponível. Apenas pré-matrículas estão sendo aceitas, além de workshops condensados em um dia. Por enquanto, o foco do negócio é nos EUA, na região do Maine.

Nos Estados Unidos, muita gente criticou a proposta por ser redundante. Ensinar algo que as pessoas, em tese, já deveriam aprender ao longo da adolescência.

A verdade é que há demanda. A aposta da empresa é de que uma escola de adultos vai ter forte aderência no público millenial. As fundadoras, elas próprias com 30 e poucos anos, são desta geração.

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Numa sacada inteligente, eles tiraram o "escola" do nome. Num discurso que pode não convencer os críticos, mas cai como uma luva para o público millenial.

“Nós não somos professores nem alunos. Todos os envolvidos no curso têm forças e dificuldades em virar adulto. Uma pessoa que sabe tudo sobre finanças talvez precise de ajuda para aprender a se alimentar de forma saudável e balanceada. Nós todos somos simplesmente um Coletivo de Adultos [Adulting Collective - o nome do estabelecimento] alguns estão contribuindo, outros participando. E muitos vão fazer as duas coisas”.

Fazer coisas de adulto é uma questão tão grande para os millenials dos Estados Unidos que tem até verbo. "Adulting" significa algo como "adultar". Como na frase "adutei muito mandando meu imposto para a Receita".

A escola de adultos se estrutura em seis pilares: bem estar, faça você mesmo, trabalho, dinheiro, comunidade e relacionamentos. Outros cursos ofertados são o de alimentação saudável (como aprender a cozinhar a própria comida todos os dias, e não viver de Cup Noodles?); e de finanças pessoais (poupança ou tesouro direto?!).